Beagle é clonado em laboratório da China para desenvolver aterosclerose
A ciência sempre encontra formas de surpreender a todos, seja positivamente ou negativamente. Nesse caso, a China criou algo que está mais para cruel. O país clonou um cachorro, chamado de Apple, e assim surgiu um filhote da raça beagle, com o nome de Longlong. Entretanto, o pequeno teve seu genoma editado especificamente para desenvolver aterosclerose.
Exatamente por isso ele está sendo explorado em testes na China para que cientistas possam estudar a doença, que se manifesta quando artérias são obstruídas devido ao acúmulo de placas de colesterol em suas paredes. Esta é uma das principais causas de acidente vascular cerebral (AVC).
Mas não é só isso. Todo o processo de criação do pobre cão foi de pura insensibilidade por parte da empresa SinoGene. De acordo com Instituto Nacional Chinês de Controle para Alimentos e Drogas, cerca de 20 milhões de animais, a maioria camundongos, são covardemente utilizados em testes. Isso faz da China um dos países que mais explora e mata animais em procedimentos.

Posicionamento dos cientistas
Isso explica o posicionamento frio dos cientistas em relação a isso. Eles sentem-se orgulhosos de sua experiência cruel, que causa o sofrimento do animal ainda na gestação. A gravidez, que não é nada natural, faz com que a fêmea sofra durante todo o período gestacional, pois os animais clonados costumam ser mais pesados e desproporcionais ao útero.
Além disso, a cirurgia de parto ainda é completamente invasiva e estressante. O nível de mortalidade para animais que surgem assim é alto, tanto que os poucos que sobrevivem, vivem uma vida de doenças e uma morte precoce.
Os sintomas da aterosclerose ainda não foram detectados no cãozinho, que já está sendo submetidos a testes. A clonagem e os experimentos estão sendo criticados pela PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, na sigla em inglês), organização não governamental internacional que luta pelos direitos animais.
Com isso, a representante da PETA na Ásia, Chi Szuching, acredita que o dinheiro investido nessa crueldade poderia ser melhor gasto se fosse revertido para a causa animal. “A vasta quantidade de dinheiro usada para clonagem poderia ter ajudado a salvar milhões de gatos, cachorros e outros animais que ficam sem abrigo a cada ano. [A verba] poderia ter ajudado a conseguir um lar para eles”, afirma Chi.
Para completar, a SinoGene, que realiza os experimentos, afirmou que planeja explorar continuar com os estudos e clonagem de animais durante o ano de 2018.
E mais uma vez o mundo mostra que acredita que os animais são menos importantes do que os humanos e que suas dores não servem de muita coisa. Quando isso irá acabar e quando a ética ressurgirá no mundo?
Fonte: ANDA
