A Boa do Dia

Mãe emociona em poderoso desabafo após dois filhos serem diagnosticados com câncer infantil

By Bruno Piai

February 27, 2018

Se você pode imaginar o seu pior pesadelo e multiplicá-lo por cem, é dessa maneira que nos sentimos.” Aos 32 anos e mãe de três crianças, Kari Redfearn vive um momento dramático em sua vida. Dois de seus três filhos lutam com o câncer infantil.

O drama começou em outubro de 2017 quando Leo, de 10 anos, descobriu ser portador de neuroblastoma. E o mais doloroso foi saber que, por um bom tempo, os sintomas sentidos pelo menino foram encarados pelos médicos como algo sem gravidade. E apenas 4 meses depois da terrível notícia, a família recebeu um outro choque: Oliver, de apenas 6 anos, foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin.

Em entrevista ao jornal britânico ‘Daily Mail’, a mãe desabafou ao falar a respeito dos garotos, que estão internados lado a lado. “Eles são muito diferentes, mas ao mesmo tempo são muito próximos. Apesar das brigas, se amam. São como qualquer dupla de irmãos”, disse. “O Oliver gosta muito de conversar e encoraja o Leo a tomar os seus remédios, o que é difícil para ele por conta do tratamento ao qual está submetido há quatro meses. Hoje ele enfrenta uma etapa bastante difícil”, acrescenta Kari.

Outra motivação dos irmãos vem de um colar com “miçangas da coragem”. Toda vez que os meninos enfrentam um procedimento médico, uma nova miçanga é acrescida ao cordão. Enquanto o colar de Oliver começa a ganhar forma, o de Leo já tem mais de seis metros.

Caçula da família, a pequena Isobel, de 5 anos, também sente o golpe do momento vivido pela família. “Isobel realmente sente a falta de todos porque ela tem autismo. Mudanças são difíceis para ela. Ela está achando difícil porque antes nós estávamos todos em casa e agora ela só tem uma pessoa para ficar com ela”, conta a mãe, que passa três dias no hospital enquanto o marido, Shaun, 59, passa outros três.

Alerta aos pais

Kari trouxe a história dos filhos à mídia para alertar outros pais a respeito dos perigos do câncer infantil, que segundo ela, ainda carece de muitas pesquisas por conta de sua raridade. E a mãe também ressaltou como as doenças começaram a se manifestaram em ambos os filhos.

“Em fevereiro de 2017 Leo começou a sentir dores nas costelas. Achamos que não era nada, até que a dor se tornou insuportável e o colégio dele entrou em contato conosco. Para os médicos se tratava de uma inflamação nos músculos do peitoral. E conforme nós retornávamos ao hospital, ouvíamos que era tudo coisa da cabeça dele. Falavam que ele somente não queria ir ao colégio”, contou a mãe. No entanto, após o problema continuar se manifestando durante uma viagem de férias, enfim os médicos fizeram os testes necessários e identificaram a doença.

Já no caso de Oliver, o tratamento médico teve inicio logo após uma massa anormal ter sido identificada em seus exames. E mais uma vez as várias idas ao hospital terminaram com más notícias. “O Oliver começou a sentir muitas dores no Natal. A gente achava que era psicológico por conta das mudanças que enfrentávamos. E quando contratamos um terapeuta, notamos que ele realmente não estava bem. Ele perdeu a cor do rosto e não queria mais comer, nem mesmo suas comidas preferidas. Desta vez fomos levados a sério pelos médicos”.

Fonte: Veja SP