Dia 29 de novembro de 2016. 71 vidas acabaram se perdendo em uma das maiores tragédias aéreas já noticiadas. Foi nesse acidente que praticamente o time inteiro da Chapecoense acabou morrendo. Sonhos, objetivos e histórias foram deixadas para trás. Mas as famílias e os torcedores guardam todos esses profissionais, que acima de tudo eram pais, filhos, irmãos, sobrinhos, na memória.
Um ano após a tragédia, a mãe do goleiro Danilo, mostrou como enfrenta a falta dele diariamente. Amanda Machado, passou pela mesma dor da perda. Duas semanas antes da cerimônia de casamento, ela teve que ouvir que o noivo, o jogador Dener, não entre os sobreviventes da Chapecoense.

Ela pensou em tirar a própria vida, mas foi nos braços do filho do casal, Bernardo, de apenas 2 anos, que encontrou forças para seguir em frente. Ainda enfrentando o luto, Amanda fala sobre a importância do filho em momentos tão difíceis:
“Foi quem me segurou, um dia ele vai saber disso. O Dener era meu apoio, tínhamos uma cumplicidade muito grande, uma história bonita de amor.” disse. Ela continua: “Eu já tinha perdido minha mãe muito cedo e minha avó também. O Dener ia no cemitério onde minha mãe foi sepultada e chorávamos juntos. Ele nem a conheceu. Quando ela se foi, eu tinha 10 anos”, disse, em entrevista ao Terra.
Para manter Dener vivo na memória de Bernardo, que hoje está com três anos, ela mostra fotos, vídeos e canta a mesma música que o pai cantava para o menino ao se deitar ao seu lado. Vez ou outra, o pequeno comenta sobre a saudade que sente do jogador:
“Vamos visitar o papai lá no céu? A gente pode pegar um avião pra ir lá, estou com saudades dele.” Nessas horas, tudo o que Amanda consegue fazer é respirar fundo, tocada pela ingenuidade da criança:
“Ele acha que o céu é outra cidade. Tem o sentimento de que o pai o abandonou e isso é mais marcante porque o Dener sempre foi muito carinhoso com ele”, diz.
Mulher do assessor de imprensa morto no acidente também lida com a dor:
A jornalista Sirli Freitas também sofreu com a tragédia. Ela perdeu o marido, então assessor de imprensa da Chapecoense, Cleberson Silva. Eles eram casados há 14 anos e tinham dois filhos Mariana, de 3 anos, e Pedro, de 9. Foi no trabalho e no amor pelos filhos que ela encontrou motivos para continuar: Ela conta que o filho pequeno tem uma delicadeza impressionante para lidar com o assunto.
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Tanto Mariana quanto Pedro fazem acompanhamento psicológico. Ele é custeado por uma das duas associações de vítimas do voo da Chapecoense, a Abravic, que Sirli é diretora. Ela presta ajuda para as vítimas do acidente. Nela, Amanda encontra apoio para pagar sua faculdade e a escola do filho. A outra entidade, Afav-C, se dedica às questões judiciais.
São inúmeras famílias que tiveram suas vidas transformadas com a queda do avião. Desejamos a todas essas pessoas muita força e garra!
Foto: Reprodução/ Instagram/ Internet
Fonte: Terra












