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Início A Boa do Dia

Medo ou racismo? Filha de pai negro, mulher dedica a vida a esconder sua verdadeira origem

Por Bruno Piai
21 de novembro de 2017
Filha de pai negro esconde sua origem
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A escritora norte-americana Gail Lukasik trouxe a tona em seu mais recente livro – White Like Her: My Family’s Story of Race and Racial Passing (“Branca como Ela: A História de Raça da Minha família”, em tradução literal) – uma história envolvendo um segredo que sua mãe, Alvera Fredric, tentou esconder por anos.

Durante uma pesquisa sobre as origens de sua família, Gail descobriu algo jamais esperado por ela. Sua mãe era filha de um homem negro, uma informação que durante toda a vida ela guardou a sete chaves. “A descoberta tinha me deixado bobinado, confuso e com necessidade de respostas. Meu sentimento de identidade branca havia sido quebrado”, comentou a escritora.

O enfrentamento da filha com a sua mãe veio a ocorrer dois anos depois. A então jovem Gail esperava o momento certo. Mais do que isso, buscava uma coragem que por muito tempo não a possuiu. Pessoalmente, a verdade foi jogada à tona. “Prometa-me”, ela implorou, “você não contará a ninguém até depois de eu morrer. Como vou segurar minha cabeça erguida diante de meus amigos?”, foram as palavras de Alvera ao ouvir a verdade pronunciada pela boca da filha.

“No silêncio desses 17 anos, tentei romper o muro de silêncio da minha mãe. Mas toda vez que eu tentei, ela mudou educadamente, mas firmemente, o assunto. Sua recusa em falar sobre sua raça mista apenas alimentou minha curiosidade. Como ela enganou meu pai branco racista? Por que ela estava com tanto medo e vergonha de sua herança negra?”, questionava Gail.

No passar desses anos, a autora sempre fez diversos questionamentos em torno da descoberta que fez. Dentre a maior, o porquê de sua mãe nunca visitar o seu pai biológico. Seria medo devido ao afastamento entre ambos? Ou ela não queria estar diante de sua origem não branca? Para não parecer com a pele minimamente mais escura, Alvera usava excessiva maquiagem até mesmo para dormir.

A família negra de Gail. À esquerda, Azemar Frederic Jr., o pai de Alvera, que está ao seu lado (em cima, ao centro) – Foto: Arquivo Pessoal
O racismo dentro de casa

“O racismo de meu pai era um reflexo de sua educação em um bairro étnico de Cleveland. Ele era vocal sobre sua fanatismo, referindo-se a afro-americanos usando insultos raciais, ridicularizando negros pelo que ele percebeu como sua falta de ambição e criminalidade. Sem saber, ridicularizava sua esposa, minha mãe”, diz Gail. A mãe o repreendia com pouco vigor. Certamente, o medo de dar qualquer pista sobre o seu passado tão presente era mais forte do que qualquer comentário justo sobre um preconceito que ela não conduzia para si, embora fosse vítima.

Todos os dias, ela tinha que viver sob a realidade de ter uma ascendência africana e europeia. A raça mista a perturbava. Ela era obrigada a escolher um lado em uma batalha racial. Assumidamente branca, os negros carregavam o seu fardo.

“Como em autodefesa ou talvez em retaliação pelo racismo de meu pai, ela me imbuiu de um imperativo moral para respeitar todas as pessoas, independentemente da sua cor”, ressaltou a autora.

Uma “nova” família

“Após a morte de minha mãe em 2014, fiquei livre de meu voto”, contou Gail, que buscou a sua família negra. E ao encontrá-la, a recepção não poderia ter sido melhor. “Minha ‘nova família’ me acolheu com generosidade e amor. Não julgaram minha mãe e tampouco me rejeitaram. Na festa de boas-vindas em Nova Orleans, conheci meu novo tio, duas tias e vários primos”, acrescentou. Conhece o outro lado de sua família a fez abrir as janelas de sua mente.

A escritora Gail Lukasik – Foto: Reprodução

“Nunca mais esquecerei o olhar assombrado de minha mãe quando ela disse: ‘Como vou manter minha cabeça erguida diante dos meus amigos?’ Não tenho rancor por ela por não me contar sua herança de raça mista. Eu sinto apenas tristeza que, mesmo depois que eu soube, ela era incapaz de compartilhar comigo seus sentimentos sobre quem ela realmente era e a vida que ela tinha vivido. Mesmo assim, acho consolo e orgulho em finalmente conhecer a verdade da minha própria herança e da família de mestiças de que sou parte”, conclui Gale.

Tags: racismo

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