“Fight or Flight”: Filme com Josh Hartnett estreia nos EUA e divide opiniões da crítica
Filme “Fight or Flight” traz ação explosiva a bordo de um avião e divide a crítica especializada
O suspense de ação “Fight or Flight” estreou em maio de 2025 nos cinemas dos Estados Unidos, trazendo novamente o ator Josh Hartnett ao centro de uma produção repleta de combates, adrenalina e toques de humor ácido. Ambientado quase inteiramente dentro de um avião em pleno voo, o longa aposta em uma narrativa de ritmo acelerado e cenas caóticas para entreter o público, mesmo que as críticas sobre sua execução tenham se mostrado bastante divididas.
Com direção de James Madigan, o filme combina ação coreografada, intrigas de espionagem e um protagonista com um passado misterioso, enfrentando inimigos armados em um espaço claustrofóbico e perigoso.
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Enredo: o que acontece em “Fight or Flight”?
Missão a 11 mil metros de altitude
No centro da trama está Lucas Reyes (Josh Hartnett), um ex-agente de elite do governo americano que vive afastado após um fracasso em uma missão anterior. Ele é chamado de volta por sua ex-chefe e antiga companheira Katherine Brunt (interpretada por Katee Sackhoff) para escoltar um prisioneiro de alta periculosidade conhecido como “O Fantasma”, um hacker capaz de desestabilizar governos com poucos cliques.
Tudo parece uma simples operação de transporte, mas a missão se transforma quando Lucas descobre que o avião comercial está lotado de assassinos disfarçados que têm apenas um objetivo: eliminar o hacker antes que ele chegue ao destino.
Reviravolta inesperada
O elemento surpresa da história aparece quando Lucas percebe que o temido “Fantasma” é, na verdade, uma comissária de bordo chamada Isha (Charithra Chandran), que oculta sua verdadeira identidade para sobreviver. A partir desse ponto, os dois passam a lutar lado a lado para tentar escapar vivos, utilizando objetos comuns do avião como armas improvisadas — o que resulta em uma série de cenas de ação criativas e muitas vezes absurdas.
Elenco e personagens
Josh Hartnett no papel principal
Conhecido por filmes como Pearl Harbor e 30 Dias de Noite, Hartnett entrega um personagem fisicamente intenso, mas que também transita por momentos de sarcasmo e melancolia. Sua performance tem sido um dos pontos mais elogiados pela crítica.
Destaques do elenco
- Charithra Chandran como Isha, a hacker disfarçada
- Katee Sackhoff como Katherine Brunt, a agente que recruta Lucas
- Marko Zaror como Chayenne, o principal vilão a bordo
- Julian Kostov como Aaron Hunter, mercenário implacável
A diversidade e química do elenco contribuem para sustentar a narrativa, especialmente em um cenário que depende de tensão constante.
Direção e aspectos técnicos
Direção ágil e foco em ação
James Madigan, em seu segundo longa-metragem, aposta em uma abordagem visual dinâmica, com cortes rápidos e cenas de combate corpo a corpo ambientadas nos corredores estreitos da aeronave. A trilha sonora de Paul Saunderson complementa a tensão crescente, enquanto o design de som ajuda a aumentar o impacto das sequências mais agitadas.
Roteiro com altos e baixos
O roteiro assinado por Brooks McLaren e D.J. Cotrona entrega uma premissa promissora, mas nem sempre consegue desenvolver plenamente os personagens e suas motivações. Em alguns momentos, o humor beira o exagero, o que tira parte da credibilidade de situações que deveriam ser dramáticas.
Crítica: o que dizem os especialistas?
Avaliações mistas nos agregadores
O filme obteve recepção mista nas plataformas de crítica. No Rotten Tomatoes, acumula 76% de aprovação da crítica e 75% de aprovação do público. Já no Metacritic, a pontuação é mais moderada: 59 de 100, indicando que a obra divide opiniões.
Pontos fortes
- Josh Hartnett é um dos grandes trunfos do filme, com entrega convincente nas cenas de ação e nos momentos mais introspectivos.
- A ambientação única a bordo do avião é bem explorada, criando um clima claustrofóbico e imprevisível.
- As sequências de luta, com uso de objetos comuns como armas, foram bem coreografadas e adicionam originalidade.
Pontos fracos
- O humor, embora presente de forma constante, muitas vezes destoa do tom de urgência que o filme tenta estabelecer.
- O roteiro é considerado raso em momentos decisivos e não oferece profundidade emocional para os personagens.
- A direção por vezes se perde no ritmo frenético e não permite que o público respire entre uma cena e outra.
Comparações com outras obras do gênero
Lembranças de “Bullet Train” e “John Wick”
Alguns críticos compararam “Fight or Flight” com o estilizado Bullet Train (2022), estrelado por Brad Pitt, e também com a franquia John Wick, protagonizada por Keanu Reeves. A semelhança está na mistura de violência estilizada, humor exagerado e personagens enigmáticos.
No entanto, enquanto essas produções oferecem roteiros mais estruturados, o novo filme de Hartnett se apoia mais em sequências rápidas e no carisma do elenco do que em reviravoltas elaboradas.
Lançamento e onde assistir

Estreia nos Estados Unidos
“Fight or Flight” foi lançado em salas de cinema nos EUA no início de maio de 2025 e já está disponível para aluguel digital em algumas plataformas norte-americanas.
Lançamento no Brasil
Ainda não há uma data oficial confirmada para estreia no Brasil. Contudo, especula-se que o filme deve chegar ao Prime Video nos próximos meses, especialmente após o lançamento internacional. Como o serviço costuma exibir produções de ação com esse perfil, a expectativa é que esteja disponível até o segundo semestre de 2025.
Vale a pena assistir?
Para quem é fã de ação, sim
Se você gosta de filmes com ritmo acelerado, confrontos em espaços inusitados e personagens cínicos enfrentando situações improváveis, “Fight or Flight” é uma boa pedida. Apesar das críticas quanto à profundidade do enredo, o longa entretém e oferece boas doses de adrenalina.
Para quem busca complexidade, talvez não
A falta de desenvolvimento emocional e os exageros no tom podem afastar espectadores que esperam um enredo mais realista ou sofisticado. Mas como diversão despretensiosa, o filme cumpre seu papel.
Considerações finais
“Fight or Flight” marca o retorno de Josh Hartnett ao protagonismo em uma trama que combina ação ininterrupta e humor caótico em um ambiente restrito e tenso. Apesar de não reinventar o gênero, o filme entrega uma experiência divertida para os fãs de histórias de ação exagerada e batalhas em alta altitude.
Com recepção mista da crítica, a produção deve agradar especialmente ao público que gosta de filmes como Non-Stop, John Wick e Bullet Train. Para os curiosos que buscam algo diferente no cenário atual, vale ficar de olho na chegada da obra às plataformas digitais brasileiras.


