Todos nós já ficamos bravos ou com ódio de algo, não é mesmo? Esses sentimentos normalmente são vistos como negativos e pouco agradáveis. Mas segundo um estudo publicado no Journal of Experimental Psychology, o ideal para felicidade não é ter sentimentos bons o tempo todo, mas sim sentir as emoções com “valor e significado”, independente se são agradáveis ou não.
“Todas as emoções podem ser positivas em alguns contextos e negativas em outros, independente do fato delas serem agradáveis ou desagradáveis”, conta uma pesquisadora da Universidade de Jerusalém, em Israel.
Para concluir isso, foi realizada uma pesquisa com pouco mais de 2 mil estudantes de vários países e perguntaram a eles quais emoções sentiam e qual queriam sentir. Cerca de 11% dos entrevistados desejavam sentir menos amor, enquanto 10% disse que queria experimentar mais o ódio.

E quando investigaram, concluíram que os que desejavam sentir estas reações “negativas” eram justamente os que possuíam menos sintomas de depressão e os que mais estavam felizes.
E isso acontece porque estas pessoas querem sentir o que elas não tem, “Se uma pessoa não sente raiva quando lê sobre um caso de abuso infantil, ela pensa que deveria estar sentindo isso naquele momento e deseja experimentar essa emoção em ocasiões assim”, disse a pesquisadora.

Ela ainda diz que sentimentos negativos não são “ruins”, “Ódio e raiva podem ser compatíveis com a felicidade, mas não há indícios de que outras emoções desagradáveis também são”, afirma.
A conclusão do estudo é exatamente esse, as pessoas felizes não necessariamente são as que só sentem coisas boas e sim as que sentem o que querem. “A pesquisa mostra que as pessoas mais felizes são aquelas que sentem as emoções que querem sentir. Isso significa que se eu sou uma pessoa que considera a raiva algo desejável, por exemplo porque ela ajuda a lutar contra injustiças, é mais provável que eu seja mais feliz se sentir raiva, do que se não sentir”, conclui.













