Foi por muito pouco que a batalha de uma estudante norte-americana contra um câncer devastador não se tornou uma verdadeira tragédia. Aos 28 anos, Marisha Dotson decidiu que sua história de luta contra a doença precisava ser contada, principalmente pelo alerta necessário a ser transmitido.
Tudo começou quando a jovem, que vive em Knoxville, no Tennessee, Estados Unidos, notou uma pequena pinta avermelhada em seu rosto. A princípio, ela ignorou o sinal e em nenhum momento passou pela sua cabeça que aquilo pudesse remeter a algum problema de saúde.
Contudo, o que veio em seguida foi um desastre. A mancha, na verdade, era um câncer que a faria perder partes de sua mandíbula, oito dentes e parte da pele do nariz. E se não fosse por um complicado implante, ela não seria mais capaz nem de comer nem de conversar.

Exames médicos revelaram que Marisha foi vítima de um carcinoma de células escamosas, uma forma agressiva de câncer de pele e que exigiria uma cirurgia para remover camadas do tecido canceroso e parte afetada do nariz. E uma vez atingida pela grave doença, a jovem chegou a se recuperar, mas foi atingida por uma segunda vez, quando apareceram manchas ainda maiores e mais mortíferas em seus lábios, bochechas e nariz.
Após mais exames, foi constatado que o tumor se espalhou. O que antes havia atingido apenas seu nariz, agora atingia outras partes de seu rosto.

Marisha, que planeja ser palestrante e deseja espalhar o alerta para cada vez mais pessoas, comentou ao jornal Mirror que suas cicatrizes não são motivo de vergonha, mas sim de orgulho, pois elas representam a prova do quanto se doou e das lágrimas que derrubou enquanto lutava com todas as suas forças para sobreviver.
A estudante afirma que por causa das marcas que ficaram em seu rosto, ela abriu mão da estética e da vaidade, mas isso pouco importa considerando que o mais importante é continuar viva: “As minhas chances de sobreviver ao câncer e à cirurgia não eram maiores do que 20%. (…) Mas hoje, após testes comprovarem que estou livre deste mal, estou profundamente otimista em relação ao meu futuro”.
“Eu acreditava que a mancha não era nada além de uma acne ou no mínimo uma pequena infecção. Parecia uma espinha normal. E foi quando ela começou a crescer que eu percebi que aquela pinta era algo realmente sério”, comentou. “De repente, comecei a sentir dor, o inchaço aumentava e eu tinha febre constante, o que me fez ir a um dermatologista, que diagnosticou oficialmente o câncer”, completou a jovem.

A norte-americana revela também que as cirurgias – mais de 30, no total, seriam responsáveis por mudar a sua vida para sempre, pois a realidade de seu tumor era mais perigosa do que os médicos imaginavam, o que tornou o procedimento ainda mais drástico. E no começo, foi doloroso se acostumar a sua nova face: “Eu podia sentir que uma parte do meu rosto estava faltando. Quando eu me olhava no espelho, eu me sentia devastada.
“Ainda me sinto triste às vezes, mas sempre que me lembro de tudo o que passei e os cirurgiões me olhando e dizendo: ‘você quer lutar ou desistir?’, eu me orgulho em dizer que escolhi lutar. E mesmo que esteja a salvo, sei que fiz um sacrifício muito grande. Só sei que fui capaz de derrotar o câncer e mais de uma vez”, ressaltou a estudante de patologia clínica.
Fotos: Caters News Agency












