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Série “A mulher da casa abandonada” estreia no Prime Video com novos detalhes sobre caso real que chocou o Brasil

Uma nova adaptação de um caso que parou o país

O Prime Video prepara o lançamento de uma das séries mais aguardadas de 2025: “A mulher da casa abandonada”. Inspirada no podcast homônimo de grande sucesso do jornalista Chico Felitti, a série documental mergulha em uma das histórias reais mais impactantes dos últimos anos, que envolve uma acusação de escravidão moderna, uma fugitiva da justiça norte-americana e um casarão deteriorado no centro de São Paulo.

Com estreia marcada para o dia 15 de agosto, a produção promete levar aos espectadores uma narrativa aprofundada e visualmente rica, com novos depoimentos, documentos inéditos e cenas que ampliam o impacto já causado pelo podcast.

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O fenômeno do podcast

Em 2022, o podcast “A mulher da casa abandonada”, produzido por Chico Felitti para a Folha de S.Paulo, se tornou um fenômeno de audiência. A série em áudio contou a história de uma mulher que vivia reclusa em uma casa em ruínas em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista. Rapidamente, o mistério em torno da figura excêntrica chamou a atenção do público e da imprensa nacional e internacional.

O que parecia apenas uma curiosidade de bairro acabou se revelando um caso de crimes sérios cometidos décadas antes nos Estados Unidos. A mulher era Margarida Bonetti, brasileira foragida da justiça americana, acusada de manter uma empregada doméstica em condições análogas à escravidão por mais de 20 anos em território norte-americano.

A história por trás da mulher reclusa

Margarida viveu durante anos em relativo anonimato, apesar de estar escondida em plena metrópole. De acordo com a investigação, ela retornou ao Brasil após o ex-marido, também acusado no caso, ter sido condenado nos Estados Unidos. Como o Brasil não extradita seus cidadãos, Margarida nunca foi julgada formalmente. Desde então, vivia isolada, com o rosto frequentemente coberto por uma pomada branca, e pouco interagia com os vizinhos.

A série documental promete explorar mais a fundo essa figura misteriosa, que mesmo sob intensa cobertura da mídia e reações populares, permaneceu reclusa e silenciosa.

O salto para o audiovisual

Com o sucesso do podcast, era inevitável que o caso ganhasse uma versão para as telas. O Prime Video decidiu apostar em uma minissérie documental de três episódios, dirigida por nomes consagrados como Kátia Lund (co-diretora de “Cidade de Deus”), Yasmin Thayná e Lívia Gama. A produção conta ainda com o próprio Chico Felitti como consultor criativo, garantindo fidelidade ao material original.

O que esperar da série

Novos depoimentos

Uma das principais novidades da série é a participação inédita de Hilda Rosa dos Santos, a ex-funcionária que sofreu as agressões nos Estados Unidos. Esta é a primeira vez que ela participa de uma produção audiovisual contando sua versão dos fatos, o que promete dar ainda mais força e profundidade à narrativa.

Documentos e imagens inéditas

A série também trará acesso a documentos do processo judicial que correu nos Estados Unidos, incluindo arquivos do FBI, além de imagens do interior da casa onde Margarida vive atualmente. Esses materiais nunca foram exibidos publicamente antes e devem provocar novas reflexões sobre o caso.

Cenas dramatizadas

Embora a base da série seja documental, há também o uso de reconstruções dramatizadas para ilustrar trechos da história, como o período em que Margarida viveu nos EUA, o julgamento do ex-marido e o retorno ao Brasil. As cenas são intercaladas com entrevistas e registros reais.

Produção nacional com impacto global

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Edição – @boggy/Freepik

A narrativa da série transcende as fronteiras brasileiras. O caso de Margarida Bonetti é uma das poucas histórias envolvendo uma cidadã brasileira acusada de crimes graves no exterior, com repercussões legais e sociais em dois países. Além disso, o tema da exploração de trabalho doméstico ressoa com debates importantes sobre racismo estrutural, impunidade e desigualdade social.

A equipe de produção buscou construir um retrato multifacetado, que não apenas denuncia os fatos, mas também expõe as falhas sistêmicas que permitiram que a situação se perpetuasse por tanto tempo.

Quem está por trás da produção

Além das diretoras já mencionadas, a série é produzida por Carlos Saldanha, cineasta brasileiro indicado ao Oscar, e conta com roteiros de Tainá Muhringer, Fernanda Polacow e Felipe Braga, todos com experiência em obras documentais de impacto. A trilha sonora original é composta por André Mehmari, conferindo um tom emotivo e imersivo à narrativa.

Lançamento e exibição

A série será lançada exclusivamente no Prime Video em 15 de agosto de 2025. Todos os episódios serão disponibilizados no mesmo dia, permitindo que os espectadores assistam em sequência e absorvam a história completa sem interrupções.

A expectativa é de que a produção figure entre os conteúdos mais assistidos da plataforma no segundo semestre do ano, dada a popularidade prévia do tema e a qualidade técnica envolvida.

Reações antecipadas e expectativas

A divulgação do trailer oficial da série, feita em junho de 2025, já gerou grande repercussão nas redes sociais. O público demonstra curiosidade para ver o caso recontado com novos elementos visuais e espera que a série traga mais clareza sobre pontos que ficaram nebulosos no podcast.

Especialistas acreditam que a série pode se tornar referência no gênero de true crime nacional, como já ocorre com produções americanas e britânicas que exploram casos verídicos com profundidade jornalística e apelo narrativo.

Um olhar além do crime

Mais do que um caso isolado, “A mulher da casa abandonada” levanta questionamentos sobre como a sociedade lida com seus próprios fantasmas. A história de Margarida Bonetti, embora singular, revela padrões de omissão, privilégio e silêncio que ainda hoje estão presentes em diversas esferas da realidade brasileira.

Considerações finais

A adaptação de “A mulher da casa abandonada” para as telas representa mais do que uma nova produção para o catálogo do Prime Video. É uma oportunidade de revisitar, com novos olhos, um episódio marcante da crônica policial brasileira — agora com recursos audiovisuais que ampliam o alcance e a profundidade da narrativa.

A série promete emocionar, chocar e provocar debates importantes sobre justiça, memória, violência e desigualdade. Com estreia marcada para 15 de agosto, ela tem tudo para se tornar uma das produções mais comentadas do ano.


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