Assim que nasceu, Eamonn Kelly, de 32 anos, foi diagnosticado com uma doença genética rara e degenerativa, chamada fibrose cística. A doença faz com que o muco nos pulmões, pâncreas e outros órgãos engrossem, o que pode acarretar em danos no pulmão e em eventuais falhas respiratórias.
Kelly passou por uma cirurgia dupla de transplante de pulmão e realizou algo que muitos com o mesmo problema apenas sonham em fazer: completar uma maratona de 5 km.
A ideia de correr essa maratona veio logo após a cirurgia; era uma forma de comemorar seu novo pulmão. Kelly costumava correr no Ensino Médio e na faculdade antes de sua fibrose cística piorar e ele ter que viver com um tanque de oxigênio durante quatro anos.

Kelly foi atrás da corrida de 5k da Faculdade de Boston, quando sua esposa, Elana Alfred, percebeu algo. Já haviam se passado 6 meses desde o transplante. “Quando eu vi a importância da data, eu quis fazer isso”, conta ele ao TODAY.
Mas ele se sentiu determinado que sua vida após a cirurgia seria muito mais ativa. Assim que pôde, começou a trabalhar sua força. Depois de sair do hospital e começar a fisioterapia, ele andou quase 5 km por hora. “Eu tentei correr 16 km por hora e consegui durar apenas 10 segundos. É muito difícil mesmo”.
Seu terapeuta sugeriu outra coisa: correr por 15 segundos, andar e depois correr mais 15 segundos. Isso ajudou a melhorar a capacidade e a força de seu pulmão. Mais ou menos um mês depois da fisioterapia, Kelly podia correr meio quilômetro sem parar.


Apesar do progresso, ele não conseguia correr 4km sob a esteira até um mês antes da corrida. Mas, no dia da corrida, Kelly se sentiu confiante e completou a corrida em apenas 38 minutos e 33 segundos.
Enquanto os médicos não sabem em quanto tempo os novos pulmões ajudarão Kelly a ter sua vida estendida, ele está tirando proveito deles. Ele e Elana esperam viajar, comprar uma casa e começar uma família. A corrida pode ter sido apenas um projeto pessoal, mas ele espera que seus 5km encorajem outros.

“Eu realmente quero inspirar as pessoas a pensarem em doação de órgãos. Eles teriam a chance de dar a alguém a mesma oportunidade que eu tive”.
Beatriz Ponzio












