Pat Hardison teve sua face desfigurada após um combate a um incêndio no ano de 2001. Após passar 63 dias internado, os médicos tiveram que implantar parte da pele de sua coxa em seu rosto, mas seus lábios e orelhas foram perdidos e parte do nariz junto do tecido das pálpebras também foram comprometidos. “Há certas coisas piores do que a morte”, disse Pat em entrevista. Segundo ele nem seus filhos o reconheciam mais quando ele voltou para casa.
Ele passou por 71 cirurgias nos anos seguintes, mas sua face não poderia ser reconstruída. Nesse meio tempo ele teve mais dois filhos, mas sua vida familiar estava abalada com a tragédia. Depois de 10 anos de casados, ele e sua esposa decidiram se divorciar e Pat foi à falência no mesmo ano e perdeu sua casa.
Em 2012 um amigo da igreja escrever para o Dr. Eduardo Rodriguez do Centro Médico NYU Langone, que fica em Nova York. Dr. Eduardo já tinha realizado um transplante de face em 2012 e disse que tentaria ajudar Pat. Em agosto de 2014 o ex-bombeiro estava em uma lista de espera para ter seus rosto reconstruído.
Era preciso encontrar um doador que tivesse a mesma cor de sua pele, mesma cor de cabelo e mesmo tipo sanguíneo. Sem falar que também é preciso a mesma estrutura óssea, ou seja, mais um desafio para Pat. No ano seguinte, David Rodebaugh foi identificado como doador pela LiveOnNY, uma ONG que atua na busca por transplante de órgãos e tecidos. O jovem havia morrido aos 26 anos, vítima de um acidente de bicicleta e a mãe de David havia concordado com o transplante.
Mais de 100 médicos, enfermeiros e profissionais técnicos e de apoio participaram de uma cirurgia de 26 horas que foi realizada em agosto de 2015.
Segundo Dr. Rodriguez, não será possível que um observador perceba algo de estranho na face de Pat, pois ela será uma mistura dos traços naturais dele junto com os detalhes do doador.“Eu costumava ser encarado o tempo todo, mas agora sou apenas um cara comum”, disse Pat.
