Essa garotinha chegou perto da morte após usar um descongestionante nasal. E sua mãe faz alerta sobre esse perigo
Quando o tempo está muito seco – principalmente no inverno – é comum que as pessoas comecem a passar alguns descongestionantes nasais, como o Sorine ou o Neosoro. Com isso, ouve-se falar muito sobre o vício que esses remédios podem acabar causando, mas o que ninguém sabe é o alto risco de intoxicação que seus compostos podem causar.
Por isso, depois que uma menina chamada Carol sofreu intoxicação e ficou à beira da morte, sua mãe decidiu deixar um alerta muito importante a todas as pessoas. Isto porque eles possuem uma substância chamada nezafolina que pode causar graves intoxicações em bebês e crianças e levar até mesmo a morte.
Em sua mensagem, que já teve mais de sete mil compartilhamentos, a mãe conta tudo o que aconteceu com a filha depois de ter usado o descongestionante nasal Sorine Adulto. Veja o que ela disse em seu depoimento:
“Bom, eu não pretendia compartilhar isso em redes sociais. Mas, devido ao grande número de relatos que tenho ouvido sobre o desconhecimento do mal que a substância nefazolina pode causar, compartilho com todos o pesadelo que vivemos alguns dias atrás.
Era um sábado comum, eu saí de casa para entregar umas pizzas de uma campanha beneficente. De repente, algo me disse que eu deveria passar em casa. Como ainda não havia almoçado, decidi ir. Chegando lá, tudo normal. Gui assistindo TV e Carol tirando seu cochilo de sempre. Meu marido estava com eles, então eu poderia sair e terminar as entregas.
Fui até o quarto da minha filha, ver se ela estava coberta, já que estava um dia fresco. Para a minha surpresa, quando cheguei perto dela, coloquei a mão, ela estava gelada, pálida e suando (o cabelo todo molhado). Entrei em pânico. Meu marido pegou o termômetro, marcava 34.8 graus.”

“Resolvemos que era melhor levá-la para o pronto atendimento, pois ela podia estar tendo uma queda de pressão. No meio do caminho, ela já desfaleceu na cadeirinha. E eu comecei a orar a Deus pedindo tempo, para que pudéssemos chegar logo com ela. Entrei como uma louca naquele hospital, furei fila. Na triagem, já nos passaram na frente.
A pediatra de plantão, Dra. Cristina, nos encaminhou para a sala de emergência. Já colocaram monitor cardíaco e um monte de outros aparelhos nela. Muito rápido chegou o médico intensivista pediátrico/neonatal, o excelente Dr. Marco Alvim. Ele disse as palavras que eu nunca vou me esquecer: ‘ela precisa ir para a UTI agora!’
Perdi meu chão, não sabia quem eu era, onde eu estava, mal parava em cima das minhas pernas. Depois de umas 4 horas, nos chamaram e disseram que ela precisaria permanecer internada pois estava hipotérmica, com bradicardia, as pupilas estavam dilatadas, as extremidades roxas e ela suava de molhar o travesseiro todo.
Uma enfermeira me disse que ela deu entrada na UTI tão fraca, que esquecia até de respirar. De tanto implorar, como ela não estava sedada, me permitiram ficar. Foi a pior noite da minha vida. Aquelas máquinas apitando sem parar, os enfermeiros correndo a cada 10, 15 minutos.”

“A saturação caía e eu não podia fazer outra coisa que não orar, confiar que Deus já estava no controle, e segurar a mãozinha dela para que ela sentisse que eu estava ali, embora estivesse desacordada. Foram praticamente 72 horas de internação, e, quando os efeitos da intoxicação passaram e finalmente tivemos alta, o médico me disse: ‘se isso tivesse acontecido durante a noite, e vocês tivessem ido dormir, muito provavelmente vocês não teriam encontrado sua filha com vida’.
Quando fomos investigar a causa dessa intoxicação aguda que ela teve, já que mantemos medicamentos fora do alcance das crianças, para a nossa surpresa, Carol havia usado, escondida, um Sorine. Ele, o neosoro, o naridrim (indicados para adultos) possuem em sua fórmula uma substância chamada nefazolina, que é altamente tóxica para crianças e adolescentes, e para adultos também, se utilizada em excesso.
Portanto, fica o nosso agradecimento a todas as pessoas que dividiram conosco esse momento de dor. Jesus em primeiro lugar, que nos sustentou e permitiu que nossa princesa voltasse pra casa perfeita. À nossa família, que de perto nos auxiliou em tudo. Nossa igreja que se empenhou em oração, e aos amigos que também o fizeram, que se preocuparam, que ligaram e mandaram mensagens.
E fica o alerta aos pais, todo cuidado é pouco. Tirem todo e qualquer medicamento do alcance de nossas crianças, até aqueles que parecem “inofensivos”. Nunca usamos nenhum descongestionante nas crianças a não ser soro fisiológico, já que essa é uma orientação do nosso pediatra, mas jamais poderíamos imaginar que um “simples” sorine pudesse ter consequências tão graves.”
Seu alerta é realmente muito importantes, devemos sempre prestar atenção nas coisas que deixamos perto das crianças para que nenhum mal aconteça a elas.
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