corpo feminino sempre será um tabu na sociedade. A maioria das mulheres possuem algum problema com seu próprio corpo e acabam achando que se emagrecerem, seus problemas estarão resolvidos. Não, eles não estarão.
A jornalista Daiana Garbin sabe bem disso. Aos 5 anos de idade, chorou pela primeira vez por se sentir gorda. Mas seu grande problema com o próprio corpo começou mesmo na adolescência, quando começou sua guerra com a comida.
Ela ficava dias sem comer, pois desejava ficar seca, mesmo sabendo que nunca conseguiria isso devido a sua genética. Passou, então, a viver apenas de maçã e água, mas mesmo assim não conseguia perder peso. Só chegou aos 57 kg quando com 14 anos começou a roubar os remédios para emagrecer da sua mãe.
Mesmo assim, ainda sentia-se gorda e sonhava em perder mais 10 kg. Esse pesadelo na vida de Daiana só acabou quando seu marido, o também jornalista Tiago Leifert, entrou em sua vida.
“Tudo acabou quando conheci meu marido e ele me fez parar de tomar remédio. Aos 57 kg foi a fase mais miserável da minha vida. Eu tinha o corpo magro, depressão e não tinha saúde e felicidade. A magreza só me trouxe infelicidade. Fiz um tratamento com nutricionista e psicoterapia para fazer as pazes com a comida”, contou emocionada.
Tiago mudou a vida da esposa, pois mesmo após emagrecer, ela não tinha mais saúde e nem felicidade, chegando a sofrer uma grave depressão e descobriu que durante todos aqueles anos possuía transtorno alimentar. Como ela mesma disse, a magreza apenas lhe trouxe infelicidade.
Transtorno alimentar, de acordo com Daiana, é quando a sua vida gira em torno do seu peso, do seu corpo e da comida. É quando não se consegue ter uma refeição em paz, comer sem culpa e a pessoa passa a se pesar 10 vezes por dia e toma medidas bruscas para perder peso. Nesse momento é quando surge a anorexia, a bulimia e o transtorno da compulsão alimentar, entre outros.
No caso da jornalista, foi diagnosticado que ela possui transtorno alimentar não especificado, pois ela nunca teve o baixo peso de uma anoréxica e nem bulimia, por mais que tenha tentado.
Seu conselho não só para uma mulher, mas para qualquer outra pessoa que passa por isso, é que esse é um caminho que não irá dar certo, pois você não vai emagrecer, não vai conseguir o corpo dos sonhos e não será feliz. Pessoas do mundo todo acham que apenas serão felizes se forem magras e não é isso.
Problemas com seu próprio peso mitas vezes não tornam-se apenas físicos, mas sim, psicológicos. Não deixe de procurar ajuda, pois não é algo simples que vai passar se você emagrecer. Sem tratamento, pode ser algo eterno, e sua felicidade não pode ser deixada para depois.
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