Recentemente uma notícia chocou o mundo ao trazer do passado algo que representa perfeitamente a crueldade e o lado mais feio do ser humano: a escravidão. O que para muitos só existe no passado, se mostrou mais atual do que imaginávamos. Casos de trabalho escravo em países asiáticos ou em regiões mais pobres, já circulam nos noticiário há muito tempo. Entretanto a situação demonstrou ser muito mais preocupante após a emissora CNN revelar imagens de leilões realizados com escravos negros.
Na reportagem feita pela CNN nos é apresentado um comércio ilegal que há muito tempo existe, porém nunca teve atenção. Imigrantes da África Subsaariana são leiloados para servir de trabalho escravo em campos agrícolas. Assim como era feito antigamente, os escravos são descritos como uma mercadoria, onde o mais forte e mais encorpado ganha destaque.
Os preços variam de oito a três mil reais dependendo somente das condições físicas do africano. “Alguém precisa de um escavador? Este é um escavador, um homem grande e forte”, afirma o leiloeiro na gravação feita pela emissora.

“União” entre Itália e Líbia
Sendo o principal ponto de partida de muitos imigrantes que arriscam suas vidas nas chamadas “viagens da morte”, a rota entre Líbia e Itália se apresenta como a chance de um recomeço ou uma saída das regiões em guerra que enfrentam a miséria, para um país desenvolvido. Entretanto um acordo traçado pelos dois países fez com que a situação desses imigrantes se agravassem ainda mais.
O governo italiano, patrocinado pela União Europeia, acordou que a Itália iria ajudar a Guarda Costeira Líbia, tornando-a capacitada para fazer operações de busca e resgate no Mediterrâneo. Assim todos os imigrante que fossem encontrados seriam trazidos de volta para a Líbia. Isso fez com que milhares de pessoas se acumulassem no país sem condições financeiras. Os criminosos viram aí uma oportunidade de ganhar dinheiro comercializando essas pessoas, que sem opção tiveram que submeter a esse sistema de escravidão ilegal.
Muitas organizações humanitárias criticaram o acordo justificando que a Líbia não possuiria as condições necessárias para atender tantas pessoas. O que de fato realmente está acontecendo.
Veja o vídeo feito pela CNN:

O papel da ONU
O secretário-geral da principal organização mundial responsável por agir em situação assim resolveu se pronunciar sobre as denúncias. O português António Guterres anunciou que uma investigação será feita minuciosamente para que essas pessoas sejam salvas o mais rápido possível. O secretário julgou que a situação é um crime para a humanidade
Autoridades de outros países africanos também estão pressionando a organização para que inicie logo as investigações. Muitos julgam que as condições de trabalho e casos de escravidão no mundo todo devem ganhar mais notoriedade perante as autoridades.












