Algumas instituições de ensino, por mais que tenhamos consciência do certo e errado, ainda insistem em causar polêmica por algo que poderia ser evitado facilmente. Afinal, o respeito está realmente acima de tudo?
Uma escola particular de Santa Catarina, causou confusão após mandar um comunicado aos pais de todas as crianças do 4º. O No bilhete, a instituição pedia para que os alunos comparecessem caracterizados de “favelados do Rio de Janeiro”. O figurino seria usado em uma festa de integração da escola no próximo sábado. Contudo, o pedido não passou despercebido e a discussão já estava feita.
O jornalista Willian Domingues, pai de um dos alunos, publicou o bilhete nas redes sociais. “Meu filho de 8 anos já havia recusado participar da festa. Quando perguntamos o motivo, ele explicou que metade das crianças iriam vestidas como ‘favelados do Rio de Janeiro’ e a outra iria de médico, advogado, com roupas mais sociais. Ele não se sentiu bem com aquilo. Ficamos indignados. Aqui em casa, sempre ensinamos e conversamos muito sobre preconceito com as crianças, ensinamos a não julgar ninguém. Nos esforçamos para pagar uma boa escola…fazemos sacrifícios para a escola ensinar o oposto do que a gente ensina em casa?”, questiona.

O post acabou viralizando nas redes sociais, deixando milhares de comentários contra e a favor de Willian e sua esposa. “A própria escola comentou no meu post e explicou que foi um equívoco. Mas, independente disso, vários pais e mães de alunos que comentaram acham que isso é normal. Disseram que o preconceito era nosso. É muito complicado. Fiquei pensando se tinha feito certo em postar isso, mas a gente não pode achar normal. Não é.”, diz o jornalista.
O Colégio explicou sua versão dos fatos. A festa seria comemoração das férias e que o assunto era desigualdades sociais. Com isso, algumas canções e vestimentas foram selecionadas para as crianças fazerem suas interpretações. A música do 4º ano em questão era “Alagados”, do Paralamas do Sucesso.

“Foi um equívoco. Trabalhamos com as crianças as desigualdades sociais e estamos trabalhando músicas que tratem desse assunto. Realmente, da forma como foi colocado foi um equívoco, uma infelicidade muito grande, o que gerou a polêmica. Foram duas palavras juntas muito equivocadas. Nós temos mais de 50 anos de instituição, a escola tem um cunho comunitário. Não temos qualquer intenção de magoar ninguém. Isso vai contra nossa prática. Estamos nos desculpando pessoalmente com cada pai e mãe”, conta Fabiana Almeira, diretora da instituição.
O que você acha a respeito? Erro da instituição, ou uma visão distorcida dos pais?
Fotos: Reprodução / Facebook












