Em 2012, Dedé, zagueiro do Cruzeiro, precisou ser internado por um motivo não muito familiar para muitos de nós: celulite facial. Na época jogador do Vasco, o atleta teve uma infecção bacteriana na derme provocada por uma espinha em sua boca após ele tê-la estourado.
O caso de Dedé serve como exemplo para que um importante alerta seja dado: não se deve espremer as espinhas! Por mais incomodas que elas sejam, espremê-las pode acarretar em problemas realmente graves para o portador.
De início, é fundamental ressaltar que a ação de estourar as espinhas podem acarretar perigosas infecções, como por exemplo a meningite. Além disso, é comum que haja vermelhidão, inchaço e cicatrizes na pele. Quando uma espinha é estourada, abre-se uma “porta” para a entrada de bactérias e a espinha não desaparece. Ao estourá-la, o pus presente é forçado a sair e machuca a pele, o que acarreta em uma ferida em aberto.
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O zagueiro Anderson Vital, o Dedé, que enfrentou uma situação bastante complicada após estourar uma espinha em seu rosto – Foto: reprodução
Outro fator é que não importa o quão limpas ou higienizadas estejam as suas mãos. Mesmo lavadas, ainda haverá a existência de bactérias, principalmente as que se escondem debaixo das unhas. Assim, elas podem entrar na ferida e fazer com que o quadro de acne piore ainda mais. A inflamação da acne, quando existir, é um problema que deve ser levado para um médico. Mesmo limpezas de pele, remédios e esfoliantes podem não contribuir para a resolução do problema.
Em situações um pouco extremas, estourar uma espinha pode chegar a matar. De acordo com informações da médica Sarah Young, do portal ‘Independent’, há uma região no rosto conhecida como “triângulo perigoso”, que vai da ponte do nariz até as laterais da boca, incluindo parte dos olhos e o lábio superior (como você vê na imagem abaixo). Nesta região, estourar as espinhas se torna algo ainda mais perigoso, pois as infecções podem se manifestar mais fortemente e chegam ao ponto de se transportar até o cérebro pela corrente sanguínea.
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Foto: Istock
Nos casos mais raros, cutucar a pele no local onde havia a espinha estourada pode resultar em tromboses do seio cavernoso – formação de coágulos em veias próximas ao cérebro – meningites e até mesmo abscessos cerebrais. E todos os três problemas são potencialmente mortais.
No vídeo abaixo você confere mais informações a respeito do perigo de espremer as espinhas:

A melhor alternativa para combater as espinhas é, primeiramente, ter paciência e recorrer a tratamentos sugeridos por dermatologistas – normalmente com cremes prescritos. E nas situações em que a acne não for tão frequente ou não inflamar de forma mais séria, a aplicação de gel secativo após a higienização da pele é bastante eficaz.
Inclusive, existe uma receita caseira que também pode ser bastante útil contra o problema: pasta de ácido acetilsalicílico. Nome bem complicado, não é mesmo? Vamos facilitar! Basta esmagar um comprimido de aspirina e misturar com água (quantidade equivalente à usada para fazer uma papinha). Aplique o remédio e deixe agir por mais ou menos 10 minutos (mas lembre-se de sempre fazer o procedimento com a pele limpa e seca). Feito isso, lave com água morna e, por algumas horas, não use nada por cima.
Espinhas não são um transtorno apenas esteticamente. Elas são mais perigosas do que se imagina. Então, agora você já sabe: estourá-las, nunca mais.


O zagueiro Anderson Vital, o Dedé, que enfrentou uma situação bastante complicada após estourar uma espinha em seu rosto – Foto: reprodução
Foto: Istock









