Ela aplicava seringas vazias e reutilizadas em seus pacientes
O Fantástico deste domingo trouxe uma história alarmante e difícil de acreditar. Uma enfermeira da cidade de Nova Hamburgo, Rio Grande do Sul, foi acusada de arriscar a vida de vários pacientes, incluindo crianças, por causa de sua ganância.
Quem fez a denúncia foi uma ex-funcionária que começou a trabalhar na clínica em agosto de 2017, e pediu demissão após perceber as irregularidades cometidas pela farmacêutica Luciana Sandrini.
A ex-funcionária enfatiza o fato do faturamento da clínica ter subido absurdamente de agosto para janeiro, e também em sobre a clínica ofertar vacinas que não estavam disponíveis neste tipo de contrato.
Luciana teve a prisão preventiva anunciada pela polícia civil na própria clínica, e tudo foi registrado pelas câmeras do programa.

“Eu via as mães saindo de lá dizendo que a clínica era maravilhosa, pois as crianças não choravam. O que dói na vacina é o líquido”, explica a ex-funcionária.
Existem dois agravantes em toda esta situação
O primeiro é a questão da imunização. Os adultos e crianças que iam até o local atrás de vacinas que os imunizassem, podem viver em áreas de risco ou terem se programado para visitar essas áreas com segurança.
Além de pegar dinheiro por um serviço que não foi realizado, a farmacêutica colocou todos os clientes em risco ao dar uma ilusão de que eles estavam imunes.

O segundo agravante é um fato que ainda está sob investigação. De acordo com a reportagem, Luciana usava seringas repetidas em diversos pacientes, expondo-os à uma série de doenças transmitidas pelo sangue.
Investigação
A equipe do programa entrou com contato com a clínica perguntando se eles tinham vacina contra a febre amarela. “É só chegar e fazer”, respondeu Sandrini.
“Não existe na rede privada do Rio Grande do Sul, vacinas para febre amarela”, explica o delegado Rafael Liedtke.
Segundo a ex-funcionária, Luciana Sandrini tomava à frente toda vez que a aplicação se tratava de uma vacina suspeita. Foi exatamente isso que aconteceu com a equipe de reportagem.

Além disso, a repórter reparou que a farmacêutica pegou o frasco que seria aplicado nela em uma gaveta que estava cheia de vacinas vencidas.
A acusada negou todas as acusações e disse que nunca aplicou vacinas vencidas nas pessoas.
“A gente encontrou muitos restos de vacinas vencidas e de seringas. No congelador as vacinas vencidas estavam misturadas com as que estavam na validade”, conta a funcionária da Vigilância Sanitária, Lisa Gaspar.
Acusações
Além do crime contra a saúde pública, Luciana também será acusada de estelionato e crime contra as relações de consumo.

Torcemos para que ela passe uns bons anos na cadeia e pague por todo o mal que fez. E também para que as pessoas que foram vítimas desta situação, estejam com saúde.
Fonte: G1












