Emocionantes, estas foram as últimas palavras da última sobrevivente do Titanic
O ano era 1912 quando uma verdadeira tragédia culminou com o naufrágio do famoso navio RMS Titanic. Imponente, a embarcação se vendia por sua grandeza. E a capacidade de ser o primeiro a transportar mais de 2.200 passageiros alavancou o seu status.
No entanto, o destino foi cruel ao vitimar 1.523 pessoas à bordo após a colisão com o iceberg (teoria questionada). E destes, apenas 300 corpos foram recuperados, enquanto o navio descansa sobre as águas a 600 quilômetros de Terra Nova, Canadá, estando a quase 4 mil metros de profundidade.
Dentre os sobreviventes, agraciados com tal milagre, estava Elizabeth Gladys Dean, também conhecida como Milvina Dean, que morreu aos 97 anos em Hampshire, Inglaterra, ostentando a alcunha de “a última sobrevivente do Titanic”.

Quando embarcou, Milvina tinha apenas 2 meses e 13 dias de vida e era a passageira mais nova da embarcação. A pequena inglesa viajava ao lado de seus pais e do irmão mais velho que iam para o Kansas (EUA) com o intuito de abrir uma loja de tabaco. Após o acidente, ela, a mãe e o irmão se salvaram e retornaram para a Inglaterra, onde já não tinham mais nada, pois venderam tudo para fazer a viagem. E o pai, este faleceu no naufrágio.
De volta à sua terra natal, Milvina nunca mais a deixou. Foi educada graças a financiamentos de fundos de caridade e, na fase adulta, atuou como secretária e cartógrafa durante o período da Segunda Guerra Mundial.
O Titanic sempre esteve presente em sua vida. Inevitável. Milvina participou de uma série de eventos e documentários para falar a respeito do dia que vitimou o seu pai, mesmo que não tivesse qualquer lembrança em sua mente.

Em 2007, a britânica se desfez de bens e recordações do navio para poder custear remédios e tratamentos médicos. E já com a saúde frágil e debilitada, a senhora resistiu até 31 de maio de 2009, quando uma pneumonia a atingiu.
As cinzas de Malvina foram despejadas no porto de Southampton, e não havia lugar mais simbólico para tal. Foi lá onde o Titanic iniciou a sua jornada.
E vale fortemente ressaltar as suas últimas palavras antes de seu óbito: “Não vale a pena viver a vida com medo do que vai acontecer amanhã, pois, desta maneira você só conseguirá viver assustado. Os planos a longo prazo não valem de nada, só se pensa em trabalhar e trabalhar e nunca em aproveitar o que se conseguiu. Com 25 ou 55 anos, o melhor que se pode fazer é seguir a vida, viver de acordo com os acontecimentos, um dia após o outro, pois nunca se sabe quando será seu último dia. As coisas nem sempre são como a história conta, mas a verdade sempre vem à tona e será reveladora para mudar o que já foi escrito sobre o Titanic”.
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