Sob a mais pura angústia, uma mãe britânica desempregada – e que não se identificou – escreveu uma dolorosa carta para fazer um difícil pedido às pessoas. Após “perder” o filho para as drogas (ele saiu de casa e vive como morador de rua), ela pediu para que ninguém o ajudasse com alimentos, roupas ou qualquer coisa do gênero. Para ela, o auxílio deve ser voltado a instituições de caridade.
E em sua carta, ela revela por que não quer que as pessoas prestem ajuda ao seu filho:

“Eu sou a mãe de um sem-teto de 22 anos que vive em Cardiff. Ele é um usuário de drogas e foi, sem que nós soubéssemos, induzido a esse mundo quanto tinha apenas 13. Na época, jovem mais velhos lhe deram cannabis (maconha).
Não vou dizer que sua vida foi perfeita, mas ele sempre viveu em uma casa amorosa. Embora fosse uma casa de pais solteiros, tinha avós, tias e tios que o amavam. Ele agora tem primos que nem conhece. Ele gostava de andar de bicicleta, nadar no mar, andar de esqui nas férias e visitar os seus parentes.
As coisas correram de um jeito errado na adolescência, mas ele se recusou e ser aconselhado ou ajudado. Ele não estava disposto a se envolver com o Serviço de Saúde Mental da Criança e do Adolescente. E nem se envolveria com a escola.”, disse a mãe no início de seu relato.
Na sequência do forte desabafo, ela contou que o maior vício do filho é em heroína. E que ele vem destruindo sua vida cada vez mais. Um pouco de cada vez. Ela explica que ele perdeu totalmente o controle e que, mesmo sem reconhecer que é um usuário de drogas, se envolveu com o que ela chama de “turma do crack” e parece um “zumbi”, assim como eles.

A mãe explica que precisou aprender a lidar com toda a dor que sente. É insuportável o sentimento diário de desespero e preocupação. Apesar das dificuldades, ela se ofereceu para pagar a reabilitação e 6 meses de aluguel caso ele prometesse “ficar limpo”. Ela também prometeu roupas, comida e ajudar com todas as contas enquanto ele tivesse um teto sob sua cabeça. Mas ele recusou tudo isso.
“Pedi para que ele falasse para mim onde errei e o que eu poderia fazer para mudar tudo isso. E pedi desculpas por ter falhado como mãe”, continuou.
De acordo com a mãe, os usuários de drogas não conseguem pensar a longo prazo e tampouco são capazes de enfrentar a realidade. Por isso, cada vez que alguém o mantém aquecido, dá dinheiro ou o alimenta, isso serve de combustível para que ele continue em sua rotina de vício e autodestruição. Por isso ela implora que não o ajudem. “As drogas provavelmente matarão o meu filho.”
Enquanto segue procurando ajuda e fazendo tudo o que está em seu alcance, esse é o seu único pedido para os moradores de Cardiff. “Por favor, permita que meu filho esteja comigo. E não em um túmulo”, concluiu.
Fonte: Metro












