O amor é forte, puro e vive eternamente quando se é verdadeiro. Quando realmente existe esse sentimento, ele persiste na saúde e doença, na alegria e na tristeza. Ele é de verdade assim como o lindo amor de Hope e Steve, que vivem na Geórgia, Estados Unidos.. A história deles poderia ser como qualquer outra, mas por ironia do destino, não é.
Tudo começou no primeiro encontro do casal. Hope achou incrível o jeito de Steve, que acendeu velas e cozinhou. Mas havia algo naquela noite que a moça não pode deixar de reparar: as mãos do rapaz tremiam e ela o viu se esforçar muito para abrir uma garrafa.
Naquele ponto, ele já tinha estado sete vezes ao médico, mas ainda não sabia o que estava acontecendo. Em agosto de 2011, quatro meses após o primeiro encontro, os médicos descobriram o que estava errado: o antigo engenheiro, então com 28 anos, foi diagnosticado com ELA, vulgarmente conhecida como doença de Lou Gehrig. Trata-se de esclerose lateral amiotrófica, uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta células nervosas no cérebro e na medula espinhal.

Dois dias depois, o casal fez uma caminhada e Steve resolveu pedir Hope em casamento. Ele já havia comprado o anel de noivado, mas disse que ela não precisava aceitar e ficar com ele, afinal, tinha ouvido o que o médico havia dito sobre a difícil doença que ele tinha. Mas a moça não pensou duas vezes e disse: “Não vou a lugar algum”.
Dois meses depois, em outubro de 2011, eles já estavam casados! Steve teve medo que não conseguisse andar pelo corredor até chegar ao altar, mas tudo deu certo. Entretanto, em janeiro de 2012, Hope percebeu que o marido caía frequentemente. Os médicos tiveram que inserir um tubo para ajudá-lo a respirar e ela deixou de ouvir a voz do marido desde então.

Steve chegou a pesar quase 30 kgs Hope teve que ver seu amado chegar perto da morte duas vezes. “Quando eu o olho, ele ainda é tão bonito. Ele ainda é fofo. Ele não arruma mais a barba. Ele é peludo, e eu gosto disso”, diz ela, rindo.
A esposa, hoje com 32 anos, deixou seu trabalho como terapeuta para cuidar de Steve, agora com 34 anos, em tempo integral. Até mês passado, ele só havia saído da cama para ir ao hospital, onde a equipe médica diz que não há muito mais o que fazer pelo rapaz, mas Hope não desiste de pesquisar para encontrar maneiras de ajudar seu marido.

“Os médicos fazem parecer sombrio, mas não compramos isso”, diz ela. “Ainda acreditamos que há muitas esperanças”. Steve fala com as pessoas usando um computador, e disse: “Não é fácil saber que você está no caminho de não poder se mover. É realmente muito difícil lidar, mas eu me sinto bastante otimista por ter o prognóstico que tenho. Meus dias são gastos assistindo os esquilos e quando eu tenho energia eu assisto TV e trabalho no mercado de ações. Hope é um anjo, estou tão agradecido que ela ficou comigo todos os dias”.
Na semana passada, Steve finalmente melhorou o bastante para poder voltar à sua cadeira de rodas e conseguir fazer algo que ele ama: pintar. Ele escolhe as cores da tinta e, em seguida, instrui as pessoas a moverem sua cadeira de certa maneira para ele mover as mãos sobre o quadro.
“Isso me inspira e eu sei que muitas outras pessoas também se inspiram. Estou tão orgulhosa dele”, diz Hope.”Estou lutando pela cura. Estou lutando para me manter vivo enquanto essa cura não aparece”, contou Steve.

“A verdade é que sentimos o peso das coisas, não negamos que é difícil e triste. Lamentamos quando ele perde mais alguma função, mas também encontramos o que resta e estamos gratos por isso. No final do dia, ele ainda está aqui e ainda passamos nossos dias juntos”, finaliza a amada esposa.
É aquela velha frase: um amor verdadeiro sabe consertar algo quebrado ao invés de jogar fora, e acredite: é por esse sentimento puro que ainda existe no mundo que vale a pena lutar!
Fotos: Reprodução












