“O amor supera”. É com essa frase que começa essa linda história de uma família que tem tudo para ser perfeita! Thaís Araújo, de 25 anos, é mãe do pequeno Miguel, um menino lindo e esperto de 3 anos que é cadeirante.
Ele tem uma malformação que foi detectada ainda na gestação, chamada mielomeningocele, mas isso não é um problema: ele já se acostumou com a cadeira de rodas, sua amiga que conviverá para o resto da vida.
Mesmo com isso, as pessoas ainda insistem em fazer comentários sem nem pensar, com pena da situação de Miguel. Esquecem que andar em uma cadeira não é problema algum, ela é apenas um acessório para melhorar nossa forma de vida, assim como um óculos ou um aparelho nos dentes.
Thaís contou ao jornal Extra que, no último ano, a evolução de Miguel foi notória: ele já sobe e desce do aparelho para a cama sozinho, por exemplo, seguindo seu maior exemplo que é o Fernando Mendes, de 33 anos, a quem chama de pai.
Ao contrário do que muitos acham, ele não é pai biológico do pequeno, mas a história de como ele se tornou o adotivo é incrível e mostra que destino existe, sim! Tudo começou quando Thaís, que morava em Brasília, estava em Rio Claro, São Paulo, na loja em que Fernando trabalha como vendedor para a manutenção da cadeira de Miguel.

Assim que o viu, foi amor à primeira vista. O resultado disso: três meses depois, ela se mudou da capital do Brasil para a pequena cidade de São Paulo para casar e se juntar com seu amor. Lindo, não é? “Eu sou casada com um cadeirante e tenho um filho cadeirante. Tenho olhos tortos pra cima de mim o tempo inteiro, aonde quer que eu vá, mas temos muito mais admiradores, graças a Deus! Eu amo meus meninos, do jeitinho que eles são, porque o que importa não é andar, e sim o amor que tem entre nós!”, contou.

Ela ainda contou ao jornal que muita gente acha que um andante não pode amar um cadeirante e que essa relação só pode ser a base de interesse. Mas, quando viu Fernando, não o enxergou em uma cadeira de rodas, e sim, viu um homem! “Até hoje esqueço e ele precisa me lembrar de guardar a cadeira no carro, por exemplo”, diz.
“Pessoas que nunca vimos perguntam se o Miguel é filho dele, se é uma doença genética dos dois, ou se eu sou a única que não teve sequelas depois de um grave acidente envolvendo toda a família. Nós fazemos questão de responder a todos, porque é uma maneira de se acostumarem com o que é diferente”.

A ligação que Miguel e Fernando têm é extremamente forte. O pequeno, que antes não conhecia ninguém que também andasse em uma cadeira de rodas, agora tem no seu pai um porto seguro, o qual o mostra que ser cadeirante não lhe impede de fazer nada.
Que linda família, não é?
Fotos: Reprodução












