Nos últimos tempos as mulheres têm ganhado grande destaque na mídia com exemplos de luta e de superação. Uma dessas mulheres é Margaret de Castro, a primeira mulher, em 65 anos, a assumir o posto de comando mais alto de uma das mais tradicionais universidades de medicina do Brasil: a USP.
Filha de uma professora e de um produtor rural semialfabetizado, Margaret sempre viveu uma vida muito simples, mas com boas condições sociais. E, mesmo acometida pelo vírus da poliomielite – ou paralisia infantil – nada a impediu de viver uma vida normal e lutar por seus maiores sonhos.
Muito estudiosa, aos 17 anos de idade, Margaret ingressou na universidade de medicina. E, em 1992, ela foi premiada pela USP por ter uma das três melhores teses de doutorado.

- Imagem: Painel Acadêmico
Margaret conta que sua maior motivação foi ter os sonhos não realizados de seu pai como exemplo, o que fez com que não apenas ela, mas também seus irmãos buscassem o ensino superior.
“Meu pai não tinha nem o primário completo. Lia e escrevia com muita dificuldade, mas sempre falava que, mesmo tendo uma vida feliz, não tinha realizado o desejo de ter um curso superior, ter se formado em alguma profissão. Isso contribuiu muito para que eu e meus três irmãos buscássemos conhecimento e formação”, conta ela ao repórter da Folha de São Paulo.
Hoje, ela tem sob sua responsabilidade o 4º maior orçamento de toda instituição, mais de 2.800 alunos na graduação e na pós-graduação, um hospital de clínicas e centros hospitalares responsáveis por 4 milhões de pessoas, que demandam por manutenções e padrões altos de qualidade.

- Imagem: Faculdade de medicina de Ribeirão Preto
E foi pensando no melhor para seus alunos que ela, com o apoio da coordenação da universidade, decidiu criar o “Violência Zero”, uma Comissão de Direitos Humanos, subdividida em gêneros, prevenção e assuntos gerais.
“A USP tem feito um esforço grande para criar políticas inclusivas para alunos do ensino público e pessoas com dificuldades socioeconômicas”, conta Margaret de Castro, de acordo com a Folha de São Paulo.
Margaret de Castro é um verdadeiro exemplo de luta e determinação. Ela rompeu todas as barreiras do preconceito para conseguir realizar seu sonho e, hoje, ajuda outros jovens a fazerem o mesmo.














