Desafiar quaisquer tipos de adversidades não é uma coisa lá muito fácil. Quando descobrimos um problema grave de saúde, por exemplo, sentimos que não há nada a ser feito, que seremos sempre escravos daquela doença.
Mas nem sempre é assim. Gabi Shull mostra que nem tudo está perdido. A menina já dançava há três anos e seu sonho sempre foi se tornar uma bailarina até que um grande obstáculo parou em sua frente.
Aos nove anos de idade, ela foi diagnosticada com um osteossarcoma em seu joelho após ter se machucado praticando patinação no gelo. A princípio não era nada, mas depois de duas semanas sem melhora, eles decidiram fazer um exame de Raio X.

Ela fala sobre a reação de ambos quando souberam: “Nós ficamos chocados. Ele teve que repetir o que disse, porque eu não acreditei nele. Eu não achei que meus ouvidos o tivessem ouvido corretamente”.
E a resposta que eles dão à filha após o diagnóstico é perfeita! “A Gabi me perguntou porque isso aconteceu com ela e nós dissemos que às vezes coisas ruins acontecem com pessoas boas e nós não sabemos porque; nós só temos que fazer o nosso melhor para passar por tudo. E foi o que fizemos”.

Primeiro, Gabi teve que fazer 12 semanas de quimioteraia para que o tumor diminuísse e ela pudesse fazer a cirurgia. O tratamento que a família escolheu dentre os oferecidos foi a rara rotoplastia que tiraria seu joelho danificado, fazendo uma rotação de 180 graus de seu pé que seria realocado à sua coxa. Assim seu tornozelo trabalharia como um joelho.

Esse tipo de cirurgia só foi escolhida porque promove mobilidade. “Nós aprendemos que não há absolutamente nenhum ‘contra’ para a rotoplastia, exceto a aparência, mas se você conseguir superar isso e focar na sua qualidade de vida, então você ganhou e não perdeu nada”, conta a mãe.
O que mais impulsionou Gabi foi o desejo por continuar dançando. “Depois que eu tive minha perna amputada, meu primeiro impulso era começar a andar de novo e sair daquela cama de hospital. Mas o que me motivou a andar foi o pensamento de poder dançar de novo, porque eu só queria dançar”.


“Levou pelo menos um ano e muitas sessões com personal trainers para eu dar meus primeiros passos sem nenhuma assistência e aí um ano depois eu estava dançando nos palcos de novo”, conta Gabi sobre seu processo doloroso. Ainda mais que no começo ela tinha medo de colocar muito peso na perna.
Hoje, Gabi, com 14 anos, dança competitivamente e é uma inspiração para professores e estudantes da dança. Agora, ela usa sua experiência para ajudar os outros por meio da campanha Truth 365 que dá voz à crianças que sofrem de câncer. Gabi é uma porta-voz nacional.


Veja o vídeo para entender melhor pelo que ela passou:
E aí, o que você achou disso? Inspirador, não?
Beatriz Ponzio












