Ela passou 10 anos fotografando moradores de rua. Mas não esperava encontrar alguém especial atrás de uma lixeira

Imagine perder seu pai muito cedo e, anos depois, descobrir que ele não está morto. Foi o que aconteceu com essa moça, que, aos 32 anos, encontrou seu pai em uma situação que ela não deseja nem ao seu pior inimigo.

Diana Kim, de Oahu, no Hawaii, é fotógrafa e começou em 2003, quando ainda estava na faculdade, um projeto que busca mostrar as comunidades de moradores de rua à sua volta. Essa missão durou mais de 10 anos, até que inesperadamente ela encontrou alguém.

Em 2012, ela olhou atrás de uma lixeira e viu seu pai, que não encontrava há anos. Seu coração se partiu ao perceber que ele não tinha a reconhecido, mas conseguiu convencê-lo a ir para casa, para que ele pudesse se alimentar, tomar um banho e dormir em lençóis limpos.

Ela ouviu de sua avó paterna meses depois que sua família se estilhaçou por causa do divórcio de seus pais que ele era esquizofrênico, e nunca tivera tratamento para sua doença. Segundo ela, ele foi expulso de casa pois deixara de tomar banhos devido às vozes.

“Quando ele morava conosco, havia noites em que simplesmente não o encontrávamos”, desabafa Kim. “E outros dias quando eu menos esperava, e ele ficaria parado na esquina de uma rua. Houve muitos casos em que parecia que ele estava discutindo com alguém, mas ninguém estava lá.”

Aos poucos, após o resgate da filha, ele foi se recuperando. Toda a habilidade que Diana tem ela aprendeu com ele, que tinha uma loja de fotografia quando ela era criança e, para que ele tivesse algum rumo na vida, ela presenteou-o com sua primeira câmera fotográfica.

“É bom vê-lo tão saudável”, conta Kim. “Meu pai tem passado muito tempo com amigos e está procurando por um emprego”. Ele quer voltar a trabalhar como motorista de táxi e diz que gostaria muito de visitar sua família na Coréia do Sul.

Kim finaliza declarando o quanto fica feliz por ter dado a ele essa oportunidade de recuperação. “Enquanto estivermos vivos neste mundo, todos os dias é uma oportunidade para aproveitar essa” segunda chance “. Não há falhas a menos que você desista, e ele nunca desistiu. E eu não desisti dele.”

Linda história, não? Esperamos que os dois continuem cada vez melhor, e que ele continue se recuperando até ter uma vida totalmente saudável.

Fotos: NTD TV