Em Portugal, um caso muito diferente foi presenciado. Sandra Portuguesa estava em sua segunda gestação e foi ao médico. Ela já tinha passado por um quadro de pneumonia causada por uma bactéria que provocou também problemas cardíacos, deixando-a em coma. Ela também teve problemas nos rins, operando-os devido um tumor e ao engravidar o médico a deixou ciente de que correria muitos riscos. Mesmo assim, ela optou por insistir numa segunda gravidez.

Contudo, ainda que esperançosa, ela teve uma hemorragia cerebral que a deixou em risco de morte e vivendo sob cuidados intensivos. Já sabiam que nasceria um menino, mas sua barriga não desenvolvia. Após alguns dias internada, Sandra foi declarada morta e todos contavam que o bebê iria morrer também, mas ainda assim, os médicos fizeram um ecocardiograma no feto para verificar o estado da criança. O coração batia forte e normalmente, como se não tivesse nenhum problema com sua mãe e isso deixou os médicos sem palavras.

Surpresos com o que acontecia, a equipe médica decidiu que iria enviar os resultados dos exames para a Comissão Ética do Hospital São José, em Lisboa, que iria consulta tanto a família de Sandra quanto a família de Miguel Angelo Faria, pai da criança, para ver se todos concordariam em manter a mãe viva por aparelhos até o nascimento do bebê.

Todos participaram do processo de gestação e viram o nascimento da criança com a mulher que estava diagnosticada com morte cerebral. 107 dias depois do óbito de Sandra, nasceu com 2,350kg um bebê prematuro de 32 semanas.


Foi uma situação inédita para os 80 profissionais envolvidos no caso. Lourenço, como é chamado o filho de Sandra, manteve a saúde perfeita e atualmente tem 8 anos de idade. Um verdadeiro milagre da vida e a prova de que o esforço profissional e o amor de uma família inteira, dão frutos maravilhosos.












