A Suécia é o primeiro país do mundo que começou a colocar os drones a serviço do DEAs, Departamento de Atenção à Saúde. Na emergência de Trollhättan, os socorristas chegaram em cinco minutos, mas o drone chegou em três. O que parece apenas uma pequena diferença pode marcar a fronteira entre a vida e a morte. “275.000 europeus e cerca de 350.000 americanos sofrem uma parada cardíaca todos os anos”, diz Magnus Hallberg, desenvolvedor da empresa de drones Everdrone. “Apenas dez por cento sobrevivem.” Muitas vezes, os espectadores não sabem como realizar os primeiros socorros e os desfibriladores raramente estão à mão.
No início de dezembro do ano passado, um homem de 71 anos na Suécia recebeu um presente de Natal antecipado: uma nova chance de vida, entregue via drone. Enquanto limpava a neve em frente à sua casa em Trollhättan, cerca de 75 quilômetros ao norte de Gotemburgo, ele sofreu uma parada cardíaca. Um transeunte, Mustafa Ali, o viu desmaiar e chamou a emergência. Depois de três minutos, antes que os socorristas chegassem ao local, um drone chegou e pairou sobre a entrada da garagem. O drone desceu um desfibrilador externo automático (DEA), com instruções claras sobre onde prender seus eletrodos amarelos ao corpo do paciente. O rápido resgate salvou a vida do paciente.
Os drones são difíceis de vencer quando a velocidade é essencial, como após uma parada cardíaca ou uma picada de cobra, ou em comunidades remotas e carentes de serviços médicos, onde os pacientes enfrentam longos transportes para clínicas e farmácias.
O movimento está crescendo em todo o mundo. Drones não são tecnologia nova em segurança pública. Corpos de bombeiros, delegacias de polícia e empresas usam drones rotineiramente, por exemplo, para monitorar áreas de risco em busca e resgate ou para verificar linhas de energia.
