Imagine viver isolado e longe de tudo e todos? Isso realmente acontece com a espanhola Juana Munoz há 13 anos. Tudo começou quando a mulher, que hoje tem 53 anos, tinha apenas 25.
Em certa manhã, quando Juana foi buscar batatas armazenadas pelo marido na garagem de sua casa, em Cádis, na Espanha, ela percebeu que os alimentos estavam cobertos por um pesticida, que impedia a germinação dos tubérculos.
Logo ela começou a limpar as batatas e colocá-las em uma cesta, até começar a sentir uma coceira intensa no olho direito. Juana correu para o banheiro e, quando olhou no espelho, seus olhos e língua estavam completamente inchados.

Seu marido a levou imediatamente ao hospital, onde a mulher recebeu uma injeção anti-inflamatória e voltou para casa. No entanto, uma hora se passou e o inchaço ainda não tinha diminuído. Ela retornou ao hospital e, dias depois, acordou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) prestes a perder a vida.
A língua de Juana estava extremamente inchada, a ponto de quase sufocá-la. Ela levou cerca de oito dias até poder sair da cama do hospital. Quando finalmente conseguiu andar, foi até o banheiro e não reconheceu o reflexo no espelho. Seu rosto estava deformado e o corpo cheio de manchas, devido o sangue rompido das veias.

Sensibilidade Química Múltipla
Juana ficou 15 dias internada até receber alta e poder voltar para casa e cuidar de seu filho, sempre tomando corticoides. Hoje, ela foi diagnosticada com sensibilidade química múltipla em grau severo, que impede o contato até com seus familiares. Além disso, Juana sofre de fibromialgia, síndrome da fadiga crônica e começa a mostrar sinais de eletrossensibilidade. As quatro doenças são crônicas e sem cura.
Por isso e por conta de todas as suas restrições, ela mora há 13 anos em uma “gaiola” de vidro de 25 metros quadrados instalada na varanda da casa da família. Juana visita o médico apenas em casos de emergência e o único que entra no local é seu marido, mas em raros momento. Para que ele possa entrar, precisa tomar banho e colocar uma roupa que ele nunca tenha usado fora de casa e jamais passar desodorantes.

Infelizmente, devido a doença, ela não pode nem ao mesmo abraçar nenhum familiar ou amigo. O simples contanto com eles e os componentes químicos que carregam poderia lhe causar náuseas, vômitos, coceiras, formação de muco, dor de cabeça, tontura e até sufocamento.
Entretanto, Juana acabou descobrindo que a fabricante do produto químico usado nas batatas havia retirado o pesticida do mercado após descobrir o que havia acontecido com ela.
Fonte: R7













