É bem verdade que hoje em dia não é fácil saber o que nós podemos ou não comer, afinal, em algum momento um estudo determina que um alimento ou nutriente faz bem, enquanto em um outro uma nova pesquisa desmente a anterior e transforma o que faz bem em “vilão”.
O fato é que, mais importante do que deixarmos de consumir um determinado alimento, o que vale é a moderação. Seja qual for a situação, o cuidado é o que mais conta. Porém, ainda assim não podemos deixar de levar em consideração que certas comidas oferecem riscos, principalmente às crianças.
A polêmica da vez gira em torno da salsicha. É difícil encontrar uma criança que dispense um cachorro-quente (eu mesmo não o faria), não é verdade? Mas será que faz bem para elas?
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Ao blog “Lado Natureba”, a nutricionista infantil Fabíola Frezza Andriola explica que “a grande sacada da salsicha foi aproveitar 100% da produção na indústria da carne”. Ou seja, todas as partes de animais que sobram são usadas em sua fabricação. A carcaça é raspada para que todo o resto de carne possa ser retirado. E no “pacote”, tendão, cartilagem, também vão junto.
Você já ouviu a frase “se as pessoas soubessem do que e como é feita a salsicha, ninguém comeria”? Pois bem, ela não está tão fora de sentido. A mistura de carnes e restos animais – após tudo ser moído e triturado – nada mais é do que 60% da salsicha, na qual é acrescentado água, amido, farinha, dentre outros ingredientes.
Ah, e não é só isso! A salsicha contém uma quantidade significativa de conservantes, o que não é nada bom. “Como qualquer outro embutido, tem uma quantidade gigante de sódio. Os conservantes são à base de sódio. Vai do sal normal aos conservantes com os nomes mais estrombólicos”, diz a médica. “Esses conservantes são comprovantes são comprovadamente cancerígenos. E a gente está dando para as crianças”, completa Fabíola.
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E já que o assunto “câncer” foi trazido à discussão, é justo dizer que todo mundo que consome a salsicha terá a doença? Antes que alguém diga que “tudo é frescura porque come desde criança e nunca aconteceu nada”, a nutricionista responde que o risco aumenta significativamente e há qualquer momento uma reação pode se manifestar. E, afinal, o câncer não avisa quando vai chegar.
No conjunto da obra, que ainda envolve a cor do alimento, à base de corante, Fabíola é enfática ao dizer que de vez em quando, em uma festinha ou ocasião especial, não vai fazer mal consumir a salsicha. Contudo, o ideal é realmente evitar. E se a criança tiver menos de dois anos, dar salsicha a ela é uma ideia que sequer devemos cogitar.
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