Eles foram negligenciados, sofreram maus-tratos, estão doentes e debilitados, mas mesmo assim foram encaminhados para uma feira onde estavam sendo vendidos por até R$ 3 mil. Esse era o cenário vivido por cachorros comerciados clandestinamente em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro.
Ao portal Extra, a presidente da ONG Paraíso dos Focinhos, Hanriette Soares, que acompanhou de perto todo o trabalho dos policiais em ação no local, comentou que “esses animais estavam sendo comercializados em caixotes e baldes em via pública, debaixo do sol, sem comida e sem água. Alguns estavam doentes. Uma maldade”. Os 26 bichos resgatados estão sob cuidados veterinários e ficarão sob a guarda dos membros da organização, de uma outra ONG e de uma clínica veterinária. E assim que a Justiça autorizar, eles poderão ser colocados para adoção.
O resgate dos animais foi mediado pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), após denúncias anônimas de comércio ilegal de filhotes. De acordo com os policiais, os cachorros – todos de raça – foram encontrados em péssimas condições, doentes e até mesmo expostos às próprias fezes e urina. Os responsáveis foram autuados pelo crime de maus-tratos animais e, após assinarem um termo de compromisso, poderão responder em liberdade.
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“Quando compra você fomenta um mercado irregular. O ideal é adotar. Nós, por exemplos, temos mais de 220 animais. Os mais velhos, com um ou dois anos, dão menos trabalhos, não roem os objetos, já vão vacinados. Ou seja, o custo benefício é maior”, diz Hanriette, que recomenda que a adoção seja sempre posta em prioridade em relação à compra de animais.
Fotos: Divulgação











