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Porteiros e vigilantes: entenda as regras sobre curso de reciclagem e CNV vencida na segurança privada

A atuação no setor de segurança privada exige atenção especial às normas que regulam a profissão. Muitas dúvidas surgem entre porteiros e vigilantes, principalmente quanto à obrigatoriedade de cursos de reciclagem e à validade da Carteira Nacional de Vigilante (CNV). Além disso, desconhecer as consequências de trabalhar com documentação vencida pode trazer sérias complicações tanto para o trabalhador quanto para a empresa.

Neste artigo, vamos esclarecer as diferenças entre as funções, quem precisa fazer a reciclagem obrigatória e o que a legislação prevê para profissionais com CNV vencida.

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Qual é a diferença entre porteiros e vigilantes?

Funções e regulamentações distintas

Apesar de atuarem em atividades relacionadas à proteção de pessoas e patrimônio, porteiros e vigilantes são profissionais com funções e exigências legais diferentes.

  • Porteiro: realiza o controle de entrada e saída de pessoas em edifícios residenciais e comerciais, mas não é considerado profissional de segurança privada regulamentada. Por isso, não precisa de CNV nem de curso de formação homologado pela Polícia Federal.
  • Vigilante: atua na proteção ativa de bens, áreas e indivíduos. Para exercer essa função, é obrigatório possuir a CNV válida, participar de curso de formação específico e, periodicamente, fazer reciclagem para manter o registro atualizado.

O que é a CNV (Carteira Nacional de Vigilante)?

Documento obrigatório para atuação como vigilante

A CNV é um documento emitido pela Polícia Federal que comprova que o profissional está legalmente habilitado a exercer a atividade de vigilância. Sem a CNV atualizada, o trabalhador não pode ser considerado um vigilante regularizado, e sua atuação torna-se passível de sanções legais.

Validade da CNV

  • A CNV tem validade de dois anos.
  • Para mantê-la ativa, o vigilante deve concluir o curso de reciclagem dentro do prazo.
  • A renovação é indispensável, mesmo que o profissional esteja momentaneamente fora do mercado de trabalho.

O que é o curso de reciclagem para vigilantes?

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Edição – Bestofweb/Canva

Atualização obrigatória de conhecimentos

O curso de reciclagem é uma exigência legal para os vigilantes manterem sua habilitação profissional. O objetivo é atualizar conhecimentos técnicos e táticos, reforçando habilidades práticas e a legislação vigente.

Durante o curso, os participantes revisam temas como:

  • Técnicas de vigilância e abordagem;
  • Noções de primeiros socorros;
  • Direitos humanos aplicados à segurança privada;
  • Legislação específica e atualizações normativas.

Quem precisa fazer o curso de reciclagem?

  • Todos os vigilantes armados;
  • Vigilantes que atuam em segurança de eventos, transporte de valores e escolta armada;
  • Profissionais que trabalham na segurança de instituições financeiras e aeroportos.

Porteiros e controladores de acesso, que não exercem funções de vigilância regulamentada, não precisam realizar o curso.

Documentos exigidos para o curso de reciclagem

Para se matricular em um curso de reciclagem homologado pela Polícia Federal, o vigilante deve apresentar:

  • Documento de identidade (RG) e CPF;
  • Certificado de reservista (para homens);
  • Título de eleitor;
  • Atestado médico de aptidão física e mental;
  • Exame psicotécnico atualizado;
  • Comprovante de residência atual;
  • Certificado de conclusão da 5ª série do ensino fundamental;
  • Certidões negativas criminais (estadual, federal e militar).

Esses documentos comprovam a idoneidade e a capacidade física do profissional para exercer a atividade.

Quais as consequências de atuar com a CNV vencida?

Riscos para o vigilante

Trabalhar com a CNV vencida caracteriza exercício irregular da profissão e pode acarretar:

  • Multas;
  • Cancelamento definitivo da CNV;
  • Perda de benefícios da categoria (como seguro de vida);
  • Dificuldade de recontratação no setor.

Além disso, em caso de incidentes, o vigilante irregular pode ser responsabilizado civil e criminalmente.

Riscos para a empresa

Empresas de segurança privada que empregam vigilantes sem CNV válida correm o risco de:

  • Receber autos de infração da Polícia Federal;
  • Pagar multas elevadas;
  • Ter o alvará de funcionamento cassado;
  • Enfrentar processos trabalhistas.

A fiscalização é rigorosa, e manter o quadro funcional em dia é essencial para a legalidade da operação.

Porteiros precisam fazer curso de reciclagem?

Porteiro é obrigado a ter CNV?

Não. A profissão de porteiro, por mais importante que seja para o controle de segurança em condomínios e empresas, não exige CNV nem curso de formação para vigilantes.

Entretanto, investir em cursos de capacitação — como atendimento ao público, noções básicas de segurança e primeiros socorros — pode ser um diferencial importante no mercado de trabalho.

Diferenças entre segurança orgânica e terceirizada

Tipos de prestação de serviços de segurança

A segurança privada pode ser prestada de duas maneiras principais:

  • Segurança orgânica: a empresa contratante mantém seu próprio time de vigilantes no quadro de funcionários, diretamente gerenciados.
  • Segurança terceirizada: a empresa de segurança fornece os profissionais já capacitados e regularizados, assumindo toda a responsabilidade legal.

Responsabilidades da contratante

Mesmo ao contratar uma empresa terceirizada, o cliente deve:

  • Verificar a situação da empresa junto à Polícia Federal;
  • Exigir a comprovação de regularização dos vigilantes empregados;
  • Fiscalizar o cumprimento das normas trabalhistas e de segurança.

Como evitar problemas legais no setor de segurança privada?

Para vigilantes

  • Realize o curso de reciclagem antes do vencimento da CNV;
  • Mantenha todos os documentos atualizados;
  • Acompanhe eventuais mudanças na legislação.

Para empresas

  • Exija a CNV válida e atualizada dos vigilantes;
  • Controle rigorosamente as datas de vencimento dos registros;
  • Mantenha treinamentos internos periódicos.

Considerações finais: regularidade garante segurança para todos

Atuar de forma regular no setor de segurança privada não é apenas uma exigência legal, mas também uma questão de responsabilidade com a segurança coletiva. Profissionais que mantêm sua CNV válida e realizam a reciclagem no prazo aumentam suas chances de empregabilidade e fortalecem a confiança no setor. Empresas que prezam pela conformidade evitam riscos trabalhistas e fortalecem sua reputação.

Manter a regularidade é, acima de tudo, proteger vidas e patrimônios — com responsabilidade e profissionalismo.

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