O desejo de ser mãe ou pai é comum à diversas pessoas, mas quando não é possível ter uma criança de maneira natural, muitos optam pela adoção, que leva um longo tempo para se concretizar.
Por isso, muitas pessoas, infelizmente, acabam procurando maneiras mais rápidas de ter um bebê, boa parte delas ilegais, a exemplo de um esquema descoberto recentemente e que virou matéria do Domingo Espetacular. Ele mostra que há diversos grupos fechados em uma rede social com pessoas buscando oferecer ou pedir crianças, que são tratadas como mercadorias.
O Ministério Público de São Paulo rastreou alguns desses grupos e concluiu que de fato a internet está sendo usada como local de anúncios para pais que querem doar seus filhos e que há intermediadores administrando essas páginas e controlando as informações que chegam até elas, colocando os dois lados da transação em contato.
Arrependimento:
O esquema só foi descoberto após um casal ter doado a filha através de um desses grupos e se arrependido. Ao ficarem com medo de não receberem a criança de volta resolveram procurar a polícia e daí todas as investigações sobre esse “universo” ilegal online começaram. Eles conversaram com a reportagem, mas sem se identificarem e contaram que ao saber que teriam a terceira filha, logo no quinto mês de gestação, procuraram por formas de doar a criança, pois não tinham condições de criá-la.
Logo encontraram um grupo nas redes sociais e casais interessados em adotar. Contaram sobre como todo o processo foi realizado e citaram que inclusive havia todo um esquema para entrega da criança, que deveria nascer em um hospital particular financiado pelos supostos pais adotivos. Mas a bebê acabou nascendo em um táxi a caminho de um hospital público e eles tiveram que ser mais articulosos.
Dois dias após o nascimento, a mãe biológica entregou a sua bebê para uma intermediária – do outro lado um casal de advogados que tentaram há anos ter filhos mas não conseguiram, esperavam a criança e alegaram posteriormente não saber que a criança estava sendo oferecida nas redes sociais, explicando que a proposta chegou até eles através de uma amiga.
Depois de pouco tempo, os pais biológicos voltaram atrás e pediram a criança, mas com medo de que fossem tarde demais, acionaram a polícia e consequentemente o Ministério Público e a Vara da Infância e Juventude, que entraram no caso.
Após algum tempo, conseguiram enfim ter a bebê em seus braços. Essa história teve um final feliz, mas nem todas são assim. É importante salientar que atitudes como essa são extremamente ilegais e colocam a vida da criança em risco!
Foto: Reprodução/ Internet











