Quem já experimentou Nutella, certamente gostou. E quem ainda não teve a oportunidade de comê-la, sem dúvida conhece o famoso creme de cacau e avelã. De fato, o produto da Ferrero já se consolidou em muitos lugares do mundo. No entanto, isso não o manteve longe de uma séria polêmica.
A principal matéria-prima para que a pasta doce seja feita se chama óleo de palma, mais conhecido como azeite-de-dendê. E é aí que está o problema.
A extração do óleo está diretamente relacionada à destruição ambiental de duas ilhas: Sumatra e Bornéu. E ambas são habitats naturais de orangotangos que vivem nas matas locais. Oferecendo um custo baixo e não interferindo no sabor dos alimentos, o produto cai como uma luva para marcas como a Nutella no que diz respeito ao custo-benefício.

As florestas estão perdendo cada vez mais a sua vegetação natural e dando lugar às plantações de palmeiras. Como consequência, muitas áreas estão sendo queimadas pelos plantadores. E o pior: orangotangos estão sendo espancados, feridos e até mesmo queimados vivos. Para que nada “fique no caminho” dos trabalhadores.
Segolene Royal, ministra do Meio Ambiente da França, há um tempo fez um pedido à população para que nenhum alimento que contivesse o óleo fosse consumido. Tudo para que a destruição ambiental e as mortes dos animais sejam evitadas. Mais de 50 mil orangotangos foram mortos nas ilhas nos últimos 20 anos, para que você tenha uma noção da gravidade do problema. E anualmente, mais de 50 milhões de toneladas de óleo de palma são produzidos. O número é assustador!

Diante dos números atuais a perspectiva é que até 2033 as selvas deixem de existir. Antes, as espécies que nelas vivem. 2 milhões de hectares de floresta sendo destruídos. É devastador imaginar algo assim.
Reposta da Nutella
Em nota, a Ferrero desmentiu as acusações e alegou estar consciente de todos os seus compromissos ambientais. Além disso, a empresa afirmou que diversos cuidados são adotados durante as plantações das palmeiras.
Fonte: Cura pela Natureza












