Imagine a dor de ver seu filho ir embora sem poder fazer nada para resgatá-lo. Com certeza é algo que nenhuma mãe ou pai deveria passar. Infelizmente, algo assim chegou a acontecer aqui no Brasil.
Nesta quarta-feira (29), por volta da madrugada, uma corretora de imóveis de 34 anos voltava do cinema com seu filho de apenas 6 anos, em Guarulhos. Quando chegaram em casa, por volta da meia noite, o pai da moça já estava esperando por ela no portão. Tudo aconteceu no momento em que ela parou o carro em frente sua casa, e aconteceu muito rápido: “Eu não sei de onde as duas motos surgiram. Veio uma moto da rua de baixo e eles já vieram para cima de mim. Um já foi querendo entrar dentro do carro, o rapaz que foi apreendido. Ele gritava, pedindo a chave do carro.”, conta a corretora.
O pior aconteceu durante o roubo. Seu filho ficou no banco de trás e não houve tempo para tirá-lo: “Achei que nunca mais veria o meu filho. Eu percebi que era assalto e gritei para tirar o meu filho de dentro do carro. Mesmo assim, ele arrancou com o veículo na maior velocidade, levando meu filho. Quase desmaiei”, conta a mãe do garoto, que chegou a tentar abrir a porta do veículo.
Enquanto o carro fugia, ela corria a pé, desesperada em ver seu filho ir embora. Chegou a cair no chão e não conseguiu alcançar o veículo. 12 minutos depois, recebeu uma ligação de um rapaz que voltava da faculdade e encontrou a criança. De acordo com a mãe, o filho sabe o número do celular dela e deu ao rapaz que o encontrou. “Ele falou que tinha encontrado o meu filho. Eu peguei o endereço da casa dele e fui buscá-lo lá. Ele estava gelado, assustado e tremendo.”, conta ela.
De acordo com os policiais, o carro da corretora estava acompanhado por uma moto. Houve uma perseguição por cerca de 10 minutos e o motorista acabou batendo o veículo. Os suspeitos da moto fugiram e o rapaz que estava dirigindo o carro – um adolescente – foi revistado e, embora não tenha sido encontrado nada ilícito, ele já tinha passagem pela polícia por roubo. Logo, foi preso.
Mesmo com o susto e a perda do veículo, a corretora está muito mais aliviada por ter seu filho em seus braços novamente.
Fotos: Reprodução / Hélio Torchi, Sigmapress, Estadão Conteúdo
