Enquanto a escuridão da Primeira Guerra Mundial caía sobre a Europa, um evento milagroso ocorreu nas linhas de frente na véspera de Natal de 1914. Esse evento ficou conhecido como a trégua do Natal.
A Trégua de Natal
A Trégua de Natal, foi um cessar-fogo espontâneo e não oficial que ocorreu ao longo da Frente Ocidental, onde ocorria a maior parte dos combates.
Acredita-se que a ideia partiu dos soldados alemães, que decoraram suas trincheiras com árvores de Natal e começaram a cantar canções de natal. Os soldados britânicos e franceses, ouvindo o canto, ficaram comovidos com o gesto e responderam cantando suas próprias canções de natal.
Com o passar da noite, os soldados começaram a se aventurar para fora de suas trincheiras e se encontrar na terra de ninguém, a área entre as trincheiras opostas.
Eles trocaram presentes, jogaram futebol juntos e até enterraram seus companheiros caídos lado a lado.
Matar não é da nossa natureza
Um estudo descobriu que, na Segunda Guerra Mundial, apenas 15-20% dos soldados realmente dispararam suas armas contra o inimigo, enquanto a maioria errou de propósito ou disparou intencionalmente sobre a cabeça do inimigo. Acredita-se que esse fenômeno, conhecido como “recusa de combate”, se deva em parte à inerente resistência humana em tirar a vida de outra pessoa.
A Trégua de Natal, de 1914, pode ser vista como uma manifestação dessa inerente relutância em matar, pois soldados de ambos os lados temporariamente deixaram de lado suas armas e se uniram em um gesto pacífico e humanitário.
Lembrete
Embora seja importante reconhecer o papel que o treinamento e o condicionamento desempenham na disposição dos soldados para o combate, também vale a pena considerar as barreiras psicológicas e morais que podem impedir que indivíduos matem seus semelhantes.
A Trégua de Natal serve como um lembrete comovente da humanidade que existe mesmo em meio a guerras e conflitos.

