A mulher tem o poder e a força para se reerguer, se reinventar e superar as adversidades da vida. É como se ela já nascesse sabendo que para enfrentar um mundo “dominado” por homens, precisasse aprender a ser melhor ainda. No trabalho, as mulheres ganham menos que os homens, mesmo tendo a mesma formação profissional e capacitação, por exemplo.
Com o tempo, elas foram ganhando voz. Há séculos lutam pelos seus direitos, conquistando aos poucos seu espaço. Um fotógrafo chamado Gianmarco Maraviglia fez uma série incrível com relatos de mulheres de Ruanda. O objetivo era mostrar o poder de pessoas de se reconstruírem após uma tragédia. Um detalhe interessante (e positivo): em Ruanda, a maioria do parlamento é composto por mulheres, como contou ao Buzzfeed News.
Contexto histórico:
Ruanda sofreu um genocídio em 1994. A tragédia deixou meio milhão de mortos! Em 2000, o presidente Paul Kagame abriu espaço para as mulheres no parlamento e hoje ele tem 64% do pleito composto por elas. Anos após o genocídio, Ruanda tem se tornado um dos países que mais crescem no continente africano.
“Ruanda é frequentemente chamada de a Suíça da África e, se pensarmos que há mulheres em todos os cargos importantes, temos que dizer que elas estão se saindo muito bem na administração do país”, disse Maraviglia. Ele se surpreende ao ver a recuperação dessas pessoas e de como há mulheres em todos os cargos da sociedade, orgulhosas de suas posições.
Essa é Mukasarasi Godelieve. Ela é fundadora da Solidariedade pelo Desenvolvimento de Viúvas e Órfãos para Promover Autossuficiência e Meios de Subsistência – SEVOTA. O objetivo é reconstruir as relações abaladas após o genocídio.
Essa é Fiona Mbabazi. Ela é âncora de notícias e produtora da Agência de Radiodifusão de Ruanda.
Essas são mulheres que trabalham na construção para uma ONG de Ruanda.
Josette Komezusenge é uma empresária: diretora administrativa e fundadora de seis salões de beleza.
Já Esther Mbabazi foi a primeira mulher a trabalhar como piloto de linha aérea comercial em Ruanda.
Hope Azeda é fundadora e diretora artística da Mashirika Creative and Performing Arts. Um grande nome do teatro atual.
Essas mulheres são alguns exemplos da sessão feita pelo fotógrafo italiano. E mostram como nas adversidades elas podem ser fortes e incríveis. Elas têm ganhado espaço, mas ainda há muita luta pela frente.
Foto: Reprodução/ Gianmarco Maraviglia
Fonte: Buzzfeed News