Carolina Miranda tem 40 anos, natural de Natal é enfermeira e cuida de pacientes em um hospital público.
Ao notar que seus pacientes ficavam muito tempo ociosos e angustiados, quando não estavam com olhos fixos à tela do celular, Carol tomou a iniciativa de criar um cantinho da leitura.

Com isso, ela viu melhora no quadro clínico dos pacientes e descobriu sua vocação.
O retorno positivo rendeu-lhe a criação de dois livros e a participação em feiras literárias.
Testemunhas
“O primeiro paciente que pegou um dos livros chegou para mim e falou feliz que já estava na 12ª página. Uma outra pessoa, que estava internada, disse que os livros faziam com que ela saísse pela janela da enfermaria e conhecesse o mundo. Ela fez uma cirurgia neurológica, ficou acamada, teve dificuldade para falar, mas quando passou a pegar os livros, começou a se restabelecer”, conta entusiasmada.
Ao recitar poemas, a enfermeira começou a escutar mais os pacientes e às histórias. Com isso, uma forma poética às histórias de vida que ouvia com sensibilidade. “Eu escrevia as poesias e entregava para eles no final do plantão”, conta.

Inspiração
Sua mãe é professora de literatura e, o pai, geólogo aposentado. Seu único irmão, o caçula da família, é cirurgião-geral.
A força da mulher que lhe serviu de exemplo em casa também virou poema.
“Mulher, o que pensa nesse dia?
Tudo mudou, adaptou, transformou.
Fostes em busca do estudo, noites perdidas, milhares de xícaras de café.
Valeu a pena? Claro que valeu.
És dona da sua vida. És magnífica, és mulher!”, declama Carolina.












