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Compra online já é rotina mensal para 82% dos brasileiros, segundo levantamento da Serasa

O hábito de comprar pela internet deixou de ser esporádico e se tornou uma prática recorrente na vida dos brasileiros. De acordo com a mais recente edição do Relatório de Identidade e Fraude 2025, produzido pela Serasa Experian, 82% da população conectada afirma realizar ao menos uma compra online por mês. O dado reforça a consolidação do e-commerce como um dos principais canais de consumo no país.

Com o crescimento do comércio digital, também surgem desafios, especialmente no que diz respeito à segurança das transações. A pesquisa ainda revela uma preocupação latente dos consumidores com a proteção de seus dados pessoais.

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A evolução do consumo digital no Brasil

Compras online além de datas promocionais

O crescimento do comércio eletrônico no Brasil não se limita mais a eventos como Black Friday ou campanhas de liquidação. A pesquisa mostra que 33,4% dos consumidores afirmam comprar online entre duas e três vezes por mês, enquanto 48,6% realizam pelo menos uma compra mensal. Esse comportamento indica uma mudança estrutural no consumo.

A internet passou a ser o canal preferido não apenas pela conveniência, mas também por ofertar variedade de produtos, preços competitivos e rapidez na entrega.

Quais categorias são mais populares?

Entre os itens mais adquiridos nas compras digitais estão roupas, eletrônicos, itens de beleza e serviços de alimentação. O levantamento também identificou que o consumo de bens culturais, como livros, filmes e música, vem crescendo especialmente entre as classes C e D.

Já as classes A e B mantêm um padrão elevado de consumo em categorias como alimentação delivery e produtos de tecnologia.

Perfil do consumidor digital

Participação feminina nas compras online

As mulheres estão à frente dos homens no consumo digital em praticamente todas as categorias. Entre as entrevistadas, 66,3% relataram comprar regularmente produtos como roupas, cosméticos e eletrônicos. Entre os homens, esse índice foi de 52,9%.

Além disso, a pesquisa revelou que o público feminino tem maior envolvimento com o comércio de itens usados pela internet, seja vendendo ou comprando.

Práticas por faixa etária e classe social

A classe A lidera o uso de plataformas digitais para compras recorrentes e também para o consumo de conteúdo digital pago, como livros eletrônicos e serviços de streaming.

Por outro lado, houve um crescimento expressivo nas classes C e D no uso de aplicativos para consumo cultural e para encomendas de mercado, indicando maior acesso digital e confiança nas plataformas.

Segurança digital: o principal ponto de atenção

Apesar do crescimento consistente, o ambiente digital ainda gera insegurança em boa parte dos consumidores. O relatório indica que 48,1% dos entrevistados já deixaram de concluir uma compra online por falta de confiança no site ou aplicativo.

Outro dado alarmante mostra que 51% dos consumidores afirmaram já ter sofrido algum tipo de fraude digital — como roubo de dados, uso indevido de informações de pagamento ou golpes em marketplaces.

Boas práticas para evitar golpes

O diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha, fez um alerta sobre os cuidados que o consumidor deve adotar. Ele recomenda:

  • Confirmar se o site possui certificados de segurança (HTTPS).
  • Verificar a reputação da loja em sites de reclamação.
  • Evitar clicar em links enviados por SMS ou e-mail de origem desconhecida.
  • Nunca informar senhas ou dados bancários fora dos canais oficiais.
  • Usar autenticação em dois fatores sempre que possível.
  • Cadastrar chaves Pix apenas nos aplicativos e sites oficiais dos bancos.

Essas práticas são fundamentais para reduzir o risco de fraudes e preservar a integridade financeira do consumidor.

O futuro das compras online no Brasil

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Imagem – Bestofweb/Freepik

Tendência de digitalização permanente

Os dados da Serasa indicam que a digitalização do consumo é uma tendência irreversível. Mais do que uma adaptação às limitações impostas por momentos como a pandemia, o e-commerce tornou-se uma opção preferencial para grande parte da população.

As empresas também estão acompanhando esse movimento, investindo em logística, personalização de ofertas e estratégias de fidelização digital.

Inclusão digital amplia o mercado

Outro aspecto positivo é a ampliação do acesso à internet e à tecnologia nas regiões menos urbanizadas do país. Com isso, o comércio eletrônico encontra novos públicos e amplia sua base de consumidores. O crescimento nas classes C e D mostra o potencial de expansão em áreas que antes estavam fora do radar de muitas marcas.

Desafios regulatórios e de privacidade

Com o aumento da exposição digital, cresce também a responsabilidade das empresas em manter políticas rígidas de proteção de dados. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é um marco importante, mas especialistas apontam que ainda há necessidade de maior conscientização e fiscalização sobre o uso de informações sensíveis pelos e-commerces.

Considerações finais

O comércio eletrônico no Brasil atingiu um patamar de maturidade. Com 82% dos brasileiros comprando pela internet ao menos uma vez por mês, fica evidente que o consumo digital deixou de ser exceção e se tornou parte da rotina nacional.

Entretanto, o avanço do setor traz consigo o desafio da segurança. Fraudes digitais, desconfiança nas plataformas e falta de conhecimento sobre proteção de dados ainda afetam milhões de consumidores.

O futuro do e-commerce brasileiro depende da capacidade das empresas de oferecer experiências seguras, acessíveis e personalizadas. Se bem conduzido, esse movimento pode impulsionar ainda mais a economia digital, gerar empregos e aproximar marcas e consumidores em um novo padrão de relacionamento.

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