Os lagartos têm a capacidade de perder suas caudas para escapar dos predadores, após o que voltarão a crescer em cerca de 60 dias.
Embora pareça uma cauda normal, o osso original é substituído por uma cartilagem mais macia.
Agora, pesquisadores da Keck School of Medicine, na University of Southern California, identificaram células-chave que facilitam a regeneração da cartilagem.
Eles acreditam que sua descoberta pode revelar maneiras de reconstruir a cartilagem danificada pela osteoartrite, uma doença degenerativa incapacitante para a qual não há cura e que afeta 10% de todos os americanos.
Os lagartos estão entre os únicos vertebrados superiores capazes de regenerar a cartilagem que não endurece e são os parentes mais próximos dos mamíferos que podem se regenerar.
A equipe publicou na revista Nature Communications a primeira descrição detalhada da interação entre os dois tipos de células que permitem que os lagartos regenerem suas caudas.
“Os lagartos são meio mágicos em sua capacidade de regenerar a cartilagem porque podem regenerar grandes quantidades de cartilagem e não fazer a transição para o osso”, disse o autor correspondente Thomas Lozito, professor assistente de cirurgia ortopédica e biologia de células-tronco e medicina regenerativa no Keck School of Medicine da USC.
Reconstrução da Cartilagem
“O sonho é encontrar uma forma de traduzir esse processo em humanos porque eles não conseguem reparar a cartilagem. Isso representa um passo importante porque precisamos entender o processo em detalhes antes de tentar recriá-lo em mamíferos”.
Os fibroblastos são o tipo de célula crítica que constrói a cartilagem, e sua pesquisa descobriu que as mudanças na atividade do gene que ocorreram entre certas células fibroblásticas permitiram a construção de cartilagem de novo.
Eles também descobriram que um tipo de célula imune chamada septoclasto desempenha um papel importante na inibição da fibrose, ou cicatrização, permitindo que o processo de regeneração ocorra.












