Você seria capaz de agir contra um de seus maiores princípios? Fortemente contra o aborto, a americana Courtney Mitchell se viu sob um grande dilema quando ela precisou decidir se abortaria ou não o seu filho.
A provação se deu quando a gestação se tornou um risco para sua vida. Durante a gestação de seu segundo filho, Courtney descobriu que estava com câncer e que seu filho tinha grandes chances de morrer após o parto, em razão da suspeita de uma anomalia cromossômica no feto.
“Eu estava grávida de 20 semanas do meu filho, Eli, quando eu e meu marido recebemos a notícia. Nós estávamos lá para um ultrassom de rotina para descobrir o sexo da criança. Em um momento nós estávamos eufóricos e nos abraçando, nos alegrando porque estávamos esperando o nosso segundo filho. Mas logo em seguida, o nosso mundo parou completamente”, contou Courtney. E para piorar a situação, a médica que os atendeu garantiu que a criança não sobreviveria.
Neste momento, surgia um grande dilema no coração da mãe: abortar ou não abortar a criança? Desde adolescente, o aborto sempre foi uma causa a qual ela lutou contra, e iria querer o destino que ela fizesse um? A recomendação era para que ela abortasse imediatamente e desse início à quimioterapia. “Eu sentia que não tinha mais escolha. Fazia todo o sentido e parecia que aquela era a única decisão lógica. Dá para acreditar nisso? Eu considerando por meio segundo abortar o meu filho. Eu, a ‘guru pró-vida'”, comentou Courtney.

Os médicos explicaram que mesmo que a criança sobrevivesse, o que seria um verdadeiro milagre, ainda assim ela nasceria com uma síndrome que prejudicaria todo o seu desenvolvimento. E além disso, a mãe corria um grande risco. O câncer, que estava em sua placenta, poderia se espalhar por seu corpo.
Mas a emoção, ou melhor, a fé, foi mais forte do que a razão para que a escolha fosse feita. Sob todos os alertas, Courtney decidiu prosseguir com a gravidez após pensar em um versículo lido na Bíblia: “Então, as palavras do Salmo 139:16 vieram à minha cabeça: ‘Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia'”, disse.

“Eu sabia que o Senhor tinha os dias de Eli escritos em Seu livro da vida. Quem era eu para tentar mudar isso? Meus dias também estavam nesse livro e nada, nem mesmo o câncer ou uma gravidez de alto risco poderia acabar com eles, a menos que o Senhor permitisse”, completou a mãe.
Assumindo os riscos, Courtney e o bebê estavam prontos para começar sua luta pela sobrevivência. Na 24ª semana de gestação, a mãe foi submetida a doses de esteroides para que o pulmão do bebê pudesse ser formado. Ele estava sendo preparado para um nascimento precoce.
E o momento do parto poderia se tornar uma verdadeira batalha pela vida: “Ela [enfermeira] nos disse que tinha sangue pronto para uma transfusão, porque eles tinham que cortar a minha placenta para chegar a Eli e eu poderia sangrar. Minha placenta estava 5 vezes maior que o tamanho normal. Eu poderia ter que removê-la imediatamente, porque havia uma chance de a placenta ter invadido a minha parede uterina”, afirma a mãe.

Contudo, se o que neste momento o que Courtney mais precisava era de um milagre, ele veio. Contra todas as perspectivas, em um 1º de abril (veja só), Elijah Lewis Mitchell agraciava o mundo com a sua presença e não desenvolveu nenhum tipo de problema, mesmo com seu nascimento prematuro.
E em relação à mãe, o câncer não se manifestou por seu corpo. “Estávamos ambos limpos e curados completamente! Ficamos maravilhados em ver tudo o que o Senhor havia feito”, disse Courtney, emocionada.
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Foto: Reprodução
Um verdadeiro milagre, não é mesmo?
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