Se formos falar a respeito dos benefícios do espinafre, podemos enumerar uma série de coisas: fortalece os músculos (Popeye não estava errado); atua contra queda de cabelo; ajuda a prevenir a asma; auxilia na prevenção contra o câncer; enfim, a erva tem um papel de muita relevância para nossa saúde.
Mas para hoje, vamos abordar um ponto um pouco mais específico. Certamente, você já deve ter ouvido falar que o consumo de espinafre faz bem para o coração – o que, inclusive, é verdade. No entanto, talvez você nunca tenha escutado ou imaginado que ele pode ser parte do órgão. Literalmente.
Soa estranho? Vou explicar melhor.

Nos Estados Unidos, mais especificamente no Instituto Politécnico de Worcester, Massachusetts, cientistas desenvolveram um caminho que permite que folhas de espinafre sejam transformadas em tecidos cardíacos. É isso mesmo! A estrutura de celulose da planta facilitaria o transporte de sangue no órgão.
Vale ressaltar que a criação dos vasos sanguíneos envolve uma certa dificuldade. Tudo tem que ser feito de maneira cirurgicamente precisa. O tamanho deve ser exato, não podendo nem ser muito grande e nem muito pequeno, para não causar problemas ao corpo que utilizaria os vasos. As estruturas devem ser bem resistentes e não podem apresentar toxidade.
-
Instituto Politécnico de Worcester/Reprodução
Os cientistas fizeram uso, principalmente, do pecíolo e dos fólios (digamos, as “veias” das plantas) do espinafre para que fosse possível o transporte do sangue humano. De acordo com informações do portal da revista Superinteressante, foram necessários apenas dois materiais: o espinafre comum e um pouco de detergente, usado para que nas folhas não restasse nenhum resquício do alimento (para que ele não seja só uma estrutura de celulose).
E com o molde em mãos, os cientistas fizeram a adição das células cardíacas às folhas, capazes de se contrair em escala celular e de auxiliar no transporte do sangue.
-
Imagem: Saúde Curiosa / Reprodução
Os cientistas estudam como vão explorar a promissora técnica da melhor maneira possível, pois as folhas de espinafre não podem simplesmente serem implantadas no corpo (por haver risco de rejeição do resto do corpo). A maior expectativa é que, no futuro, a técnica possa auxiliar em operações cardíacas.
Bastante curioso, não é mesmo?
Instituto Politécnico de Worcester/Reprodução
Imagem: