Mas por que?!
O Dr. Robinson investiga toxinas de plantas e animais para buscar possíveis aplicações biomédicas, e parte disso é entender como elas afetam o corpo.
“Estou interessado no que diferentes animais e plantas estão usando para se defender, e como essas moléculas funcionam no corpo humano até o nível molecular essencial”, diz o Dr. Robinson.
Isso porque a dor é complexa, acrescenta. Existem muitos tipos diferentes de dor, mas medicamentos limitados para tratá-los.
“Portanto, precisamos de algumas alternativas. Teremos que ser criativos. Não podemos simplesmente continuar fazendo derivados da mesma coisa de sempre.”
Para fazer novas drogas que aliviem diferentes tipos de dor, precisamos de uma compreensão fundamental de exatamente o que essas drogas devem visar, diz o Dr. Robinson.
‘Não é apenas imprudente’
O Dr. Robinson usa a “escala de dor de Schmidt” para descrever a dor de uma picada ou mordida – vai de 1 (menos doloroso, calibrado para uma picada de abelha) a 4 (mais doloroso).
E ele faz sua lição de casa antes de ser picado ou mordido. “Não é apenas imprudente. Eu faço muita pesquisa antes e me certifico de que algo não vai me matar.”
“Eu realmente nunca tive uma reação ruim a qualquer picada. E provavelmente fui picado centenas, senão mais de mil vezes por coisas diferentes.”
É tudo na busca de “sintomas de dor interessantes”.
“Eu tento focar minha pesquisa naqueles interessantes porque acho que eles são mais propensos a nos dizer algo novo sobre nossa própria dor e fisiologia”, diz o Dr. Robinson.
Então, quais são suas experiências mais dolorosas? Aqui estão as picadas que renderam lugares no pódio.
As picadas mais dolorosas de Sam
3º lugar: árvore pungente
O gympie gympie, ou árvore urticante ( Dendrocnide moroides ), causa a terceira picada mais dolorosa da Austrália, de acordo com o Dr. Robinson, que a classifica como 3 na escala de dor de Schmidt.
“Eu estava caminhando em um dos parques nacionais e avistei uma dessas árvores.
“Eu tinha ouvido todos esses rumores sobre como era e pensei, ‘você sabe, não pode ser [tão ruim], com certeza não.”
Então ele subiu e tocou.
“É como uma visita ao dentista onde a broca atinge o nervo. É como uma pontada… uma dor aguda e aguda”, diz o Dr. Robinson. Ele afirma que chega a ser bizarro que uma planta seja capaz disso.
“Uma vez que se dissipou depois de várias horas, se você colocar um pedaço de gelo ou mesmo uma brisa fresca soprando sobre o local, isso trará a dor de volta. E isso pode durar semanas.”
Ciência na sua caixa de entrada
Esse tipo de dor é chamado de alodinia ao frio e é um dos principais efeitos colaterais de alguns medicamentos quimioterápicos, a ponto de fazer com que alguns pacientes interrompam o tratamento.
“Obviamente, há uma clara semelhança entre os sintomas da picada e o efeito colateral dessa droga”, diz o Dr. Robinson.
Investigar a molécula que está causando a picada da árvore que arde pode esclarecer o que está acontecendo com as drogas quimioterápicas.
“O que fizemos foi identificar uma nova proteína em nossos nervos que provavelmente está envolvida em ambos e provavelmente é um novo alvo de dor”, diz ele.
2º lugar: centopéia ruiva
O número dois na lista do Dr. Robinson das picadas mais dolorosas na Austrália é a centopéia ruiva ( Scolopendra morsitans ), que registra 3,5 na escala.
“Parece uma árvore crescendo em seu braço enquanto também está em combustão espontânea”, diz ele.
1º lugar: vespa caçadora de aranhas
O primeiro lugar para a picada mais dolorosa é a vespa caçadora de aranhas ( Heterodontonyx bicolor ), que vem no nível mais alto – 4 – na escala de dor.
“É uma vespa muito grande que … caça as aranhas caçadoras.” Dr Robinson diz.
A vespa caçadora de aranhas australiana é semelhante à vespa-tarântula americana “monstro”, mas há muito pouca informação sobre o que acontece quando elas picam.
Então, o Dr. Robinson decidiu descobrir, usando pinças realmente longas para segurar a grande vespa de 34 milímetros, recuando várias vezes antes de aproximar a vespa o suficiente para picá-lo.
“Meu coração dispara quando você agarra a vespa para testar aquela picada. Isso vai acontecer sempre. Mas acho que a curiosidade meio que supera isso.”
“Ainda assim, ele tem medo deles.
