Estudo internacional analisa 69 cidades e aponta os lugares com melhor custo-benefício e os maiores desafios financeiros
Um estudo global realizado por uma instituição financeira internacional revelou o ranking de custo de vida e qualidade urbana em 2025. A pesquisa comparou 69 cidades de diferentes continentes, avaliando não apenas preços de produtos e serviços, mas também indicadores como mobilidade, segurança, saúde, habitação e poluição.
Os resultados mostram que Luxemburgo foi considerada a cidade com melhor qualidade de vida geral, enquanto Nova York superou cidades suíças e se tornou a mais cara do planeta. No outro extremo, cidades da Índia, Vietnã e América Latina figuram entre as mais acessíveis.
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Qualidade de vida: Luxemburgo assume a liderança global
Um pequeno país com grandes vantagens
Luxemburgo, uma das menores nações da Europa, conquistou o primeiro lugar entre as cidades com melhor qualidade de vida. Essa classificação se deve a uma combinação de fatores:
- Alto salário médio líquido, acima de US$ 6.000 mensais
- Transporte público gratuito para residentes
- Baixos índices de poluição
- Estabilidade política e segurança urbana
Além disso, Luxemburgo apresenta um custo relativamente moderado para serviços como saúde e energia, o que contribui para o equilíbrio financeiro de seus moradores, mesmo com padrão elevado.
Investimentos em mobilidade e sustentabilidade
Nos últimos anos, o governo luxemburguês adotou políticas de transporte coletivo gratuito, visando reduzir o número de veículos nas ruas e melhorar a qualidade do ar. A medida teve impacto direto no tempo de deslocamento e na satisfação geral dos cidadãos.
As 10 cidades com melhor qualidade de vida em 2025

Segundo o estudo, o top 10 global inclui principalmente cidades europeias e algumas da Oceania e América do Norte. Veja abaixo as mais bem avaliadas:
- Luxemburgo
- Copenhague (Dinamarca)
- Amsterdã (Holanda)
- Melbourne (Austrália)
- Viena (Áustria)
- Helsinque (Finlândia)
- Sydney (Austrália)
- Zurique (Suíça)
- Vancouver (Canadá)
- Estocolmo (Suécia)
Essas cidades se destacam por seus sistemas de saúde eficientes, segurança, acesso à cultura, educação pública de qualidade e transporte eficiente.
Cidades mais caras: os gigantes americanos dominam
Nova York lidera o custo global
Pela primeira vez, Nova York superou Genebra e Zurique como a cidade mais cara do mundo. O aluguel médio de um apartamento com três quartos em Manhattan pode ultrapassar os US$ 8.500 por mês, enquanto uma simples refeição em restaurante chega a custar mais de US$ 40 por pessoa.
Além disso, a valorização do dólar e a pressão sobre o mercado imobiliário impulsionaram os preços em outros centros urbanos dos Estados Unidos.
Outras cidades no topo do ranking de custo de vida
Entre as cidades mais caras de 2025 estão:
- Nova York (EUA)
- Zurique (Suíça)
- Genebra (Suíça)
- São Francisco (EUA)
- Boston (EUA)
- Copenhague (Dinamarca)
- Oslo (Noruega)
- Tóquio (Japão)
- Londres (Reino Unido)
- Hong Kong (China)
Essas cidades apresentam alto custo especialmente em habitação, transporte e alimentação. Em algumas delas, o preço médio de um cappuccino ultrapassa US$ 6.
Cidades mais acessíveis: Ásia em destaque
Índia e Vietnã lideram o custo de vida baixo
Na outra ponta do ranking, cidades indianas como Bangalore, Nova Délhi e Mumbai foram apontadas como as mais baratas para se viver. A razão está nos preços extremamente baixos de alimentos, transporte e serviços básicos.
Nessas cidades, o custo médio mensal para um estilo de vida modesto pode ser até 10 vezes menor do que em centros urbanos europeus ou norte-americanos.
Top 10 das cidades mais baratas de 2025
- Bangalore (Índia)
- Hanoi (Vietnã)
- Caracas (Venezuela)
- Cairo (Egito)
- Islamabad (Paquistão)
- La Paz (Bolívia)
- Cidade de Ho Chi Minh (Vietnã)
- Nova Délhi (Índia)
- Jacarta (Indonésia)
- Manila (Filipinas)
Essas cidades oferecem oportunidades para estrangeiros que buscam reduzir seus custos, especialmente nômades digitais e aposentados.
Indicadores curiosos avaliados
Café, iPhone e encontros: os preços do cotidiano
O estudo não analisou apenas habitação e transporte, mas também itens de consumo comum, como:
- Cappuccino: mais caro em Zurique, mais barato em Cairo.
- iPhone novo: menor preço encontrado em Seul, Coreia do Sul.
- Jantar para dois em restaurante médio: mais caro em Oslo, mais barato em Bogotá.
- Corrida de táxi de 5 km: mais barata em Bangkok, mais cara em Luxemburgo.
Esses detalhes ajudam a compreender melhor a rotina financeira dos moradores e o quanto as cidades podem ser acessíveis ou não no dia a dia.
Evolução histórica desde os anos 2000
Mudanças no ranking ao longo das décadas
A comparação histórica mostra alterações importantes desde o ano 2000:
- EUA: após quedas entre 2010 e 2020, as cidades voltaram a subir com força.
- Japão: perdeu posições, com Tóquio saindo do topo devido à deflação e crise demográfica.
- Europa: se manteve estável, com cidades como Zurique e Copenhague sempre no topo.
- Oriente Médio e Sudeste Asiático: emergiram como polos de acessibilidade e infraestrutura.
O que o ranking revela para moradores e empresas
Escolhas estratégicas para expatriados
Quem planeja mudar de país pode usar essas informações para escolher locais com boa qualidade de vida sem enfrentar altos custos. Cidades como Vancouver e Lisboa aparecem como opções com equilíbrio entre qualidade e preço.
Decisões corporativas baseadas em custo
Empresas multinacionais avaliam esses rankings para decidir onde instalar sedes, abrir filiais ou enviar funcionários expatriados. O custo de vida impacta diretamente nos salários, benefícios e incentivos.
Tendência para os próximos anos
Especialistas apontam que, apesar do aumento do custo de vida em metrópoles como Nova York e São Francisco, a tendência é de estabilização, à medida que políticas habitacionais e de mobilidade sejam implementadas.
Cidades que investem em transporte gratuito, habitação social e tecnologias verdes tendem a subir no ranking de qualidade de vida — mesmo sem ser necessariamente as mais baratas.
Considerações finais
O estudo global de 2025 reafirma que viver bem não significa necessariamente viver caro. Enquanto algumas cidades elevam os preços com seus serviços premium, outras oferecem excelente qualidade de vida com custos acessíveis. Para indivíduos e empresas, entender essas diferenças é essencial para tomar decisões conscientes e sustentáveis.













