Acusada por danos morais e racismo, a casa noturna Villa Mix foi condenada a pagar uma indenização de R$ 60 mil a ex-funcionária, que era obrigada a selecionar quem entrava ou não na balada.
A ex-funcionária conseguiu provar os casos de discriminação racial através de mensagens e áudios trocados pelo WhatsApp. O conteúdo das mensagens continham perguntas do gerente como “Quero saber quem liberou?”, se referindo a um rapaz negro que conseguiu entrar na casa.
Após o episódio da liberação do rapaz negro, a funcionária foi afastada sem qualquer justificativa. Ela afirmou que nos dois anos que trabalhou na casa, teve que presenciar inúmeros casos de discriminação racial e também com pessoas de que aparentavam ser de baixo poder aquisitivo.
A casa noturna alegou ao juiz nunca ter praticado nenhum ato de injúria racial e que também não realiza uma seleção de quem pode ou não entrar, a única restrição é em relação a vestimenta, na qual proíbe o uso de bermuda. chinelos e sandálias.
O juiz negou qualquer tentativa do Villa Mix de recorrer ao caso, dando a vitória a ex-funcionária que também é negra e sentia na pela o racismo. “Me sentia invadida, sofria com o racismo também, várias vezes liberei pessoas sem autorização e fui cobrada por isso”, comentou ela. “Fico indignada porque as pessoas continuam frequentando o local e não imaginam o que acontece ali.”
O advogado da ex-funcionária disse que além da indenização por danos morais, a casa noturna também terá que pagar outra indenização, ainda não calculada, pelo vínculo trabalhista que foi comprovado na ação, já que ela não tinha registro na carteira de trabalho.
Imagem: Reprodução da Internet












