“Joyce, você foi contratada para cozinhar para a minha família, e não para você. Por favor, traga marmita e um par de talheres e, se possível, coma antes de nós na mesa da cozinha; não é por nada; só para a gente manter a ordem da casa.” Foi assim que tudo começou.
Esse é o relato pessoal de Joyce Fernandes, de 31 anos, idealizadora da hashtag e da página “Eu Empregada Doméstica”. Professora de História e rapper conhecida como Preta Rara, Joyce passou a colher depoimentos para revelar os abusos sofridos pelas empregadas domésticas.
Dentro da página, existem os relatos mais absurdos sobre a vida das pessoas que trabalham na casa de outras pessoas. Situações que podem ser equiparadas com a escravidão. Na foto de perfil, a administração está com a foto de Laudelina de Campos Melo, conhecida por ser o “Terror das patroas” e fundadora do primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas no Brasil.
Ainda sim, nem tudo é um mar de ruínas e não há motivos para desacretitar na humanidade. Há relatos de relacionamentos positivos entre as trabalhadoras e as famílias empregoras.
Por Larissa Maruyama












