Quando a pequena cadelinha Violet foi encontrada por uma equipe de resgate, ela tinha apenas 2 anos. Mas apesar de pouco tempo, da pouca idade de vida, certamente o período foi encarado como uma eternidade pelo pobre animal.
Sua jornada tortuosa foi marcada por uma pesada corrente com um grande cadeado em seu pescoço. Sem que tivesse feito nada de errado, a cadela encarou uma “prisão”.
A cachorrinha foi encontrada por uma mulher em uma propriedade com ares de abandono. Imediatamente, ela chamou ajuda ao ver a situação dos cães. Além de Violet, foram encontrados outros cinco cães em condições semelhantes, mas não tão cruéis quanto a dela.
A propriedade se localizava em San Miguel County, Novo México, nos Estados Unidos, condado no qual é ilegal manter cães acorrentados sem que os seus donos estejam por perto.
Policiais levaram os animais para um abrigo e após breve investigação foi descoberto que o dono dos animais havia sido preso, portanto ele não era capaz de prestar cuidados aos animais e não havia ninguém disposto fazer isso por ele, aparentemente.
Uma vez no abrigo, logo os cães foram submetidos a cuidados médicos. O caso de Violet era o mais grave. Sua pele estava queimada, ela havia sido atacada por parasitas e vermes comiam a sua carne lentamente. Era muito doloroso vê-la daquele jeito.
Violet precisou passar por cuidados especiais para que pudesse se recuperar. E felizmente, não tardou para que tanto ela quantos os cães que dividiam o “lar” ao seu lado estivessem recuperados. Apesar de tudo o que enfrentou, a jovem cadelinha teve forças para lutar e se mostrar apta a um novo recomeço.
“Ela estava com muito, muito medo e ainda é um pouco tímida. Se você levantar a mão para fazer algo ou movê-la muito rapidamente, Violet se encolhe pensando que você vai bater nela. Eu não consigo nem imaginar o que ela sofreu para que tenha esse medo dentro de si”, contou a socorrista Angela Stell.
A cadelinha ainda não está apta para adoção, pois apesar de estar bem fisicamente, esse seu medo e receio em relação às pessoas ainda precisa ser melhor trabalhado.
“Ela é muito doce e aos poucos está se abrindo para nós que a resgatamos e para os funcionários da clínica onde a levamos”, conta Angela. “Ela é muito apegada a seus bichinhos de pelúcia, gosta de se enrolar em cobertores, curte passear, e agora que não está mais acorrentada, pode finalmente aproveitar e aprender sobre o mundo ao seu redor”, completa a socorrista.
Violet ainda será acompanhada por mais um tempo e em breve poderá ter uma nova família, na qual enfim poderá ser amada. Como dito por Ângela, “Ela merece uma família que a trate como a pequena e amável princesa que ela é”.
Fotos: NMDOG
