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Cadeirante supera tudo e sustenta família trabalhando como pedreiro

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Cadeirante sustenta a família trabalhando como pedreiro

Essa história acontece na cidade de Morro Agudo, São Paulo, onde Ricardo César Ramassoti mostra que tudo é possível se você tem coragem e força de vontade.

Ricardo perdeu o movimento das pernas aos 9 anos de idade, consequência de uma cirurgia para se livrar de um câncer. “Foi complicado. Entrei em depressão por causa disso, fazia três meses que meu pai tinha falecido quando eu fiquei na cadeira de rodas. Muitos problemas de saúde”, lembra.

Desde então, tem que fazer algo extra para se provar como um cidadão ativo na sociedade.

“Por ter uma deficiência a gente nunca deve abaixar a cabeça e desanimar. A gente tem que sempre erguer a cabeça e seguir em frente. Por mais que a gente esteja em uma cadeira de rodas ou com qualquer tipo de deficiência, a gente tem que mostrar para as pessoas que somos capazes de lutar”, diz.

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Aos 16 anos, começou a reagir e seguir na sua vida adaptada. Hoje, aos 31, está casado e é o alicerce da sua esposa e de sua filhinha de 9 anos. Para sustentar a família, Ricardo trabalhava como técnico de informática, mas isso acabou não deu tão certo.

Mudança de carreira

Foi então que ele decidiu seguir os caminhos do pai como pedreiro, e descobriu que tinha um verdadeiro talento para isso. “Aprendi um pouco com meu pai na infância, porque aos finais de semana ele levava a gente”, diz.

Segundo o irmão, que é empreiteiro, ele é um dos melhores funcionários de sua obra e já construiu cerca de 100 casas desde que começou a trabalhar com ele. “Não tem embaraço no trabalho. Ele sobe no telhado se precisar subir, na escada, às vezes até mais rápido que a gente”, conta.

“As pessoas desacreditam: mas você consegue? Eu pego e falo: com a graça de Deus eu consigo sim, isso ai não tem dúvidas.”

“Você entra em um mundo de uma deficiência e precisa aprender a sobreviver naquele mundo. Tem que se adaptar no dia a dia e, com a graça de Deus, eu soube aprender a me adaptar nesse mundo”, afirma Ricardo Ramassoti.

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Ricardo diz que fazia tempo que não se empolgava tanto com algo, como está agora com a profissão. Além de ter um trabalho que o realiza pessoalmente e profissionalmente, ele também sente que é uma forma de estar um pouco mais próximo de seu falecido pai. “Creio que onde ele estiver ele está orgulhoso de mim nesse momento.”

Fonte: G1

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