Na semana passada, o Brasil parou para falar sobre um caso de racismo que chocou muita gente. A filha dos atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, a pequena Titi, de apenas 4 anos, foi vítima de discriminação racial por uma blogueira e socialite. A família recebeu uma enxurrada de energias positivas e posicionamentos, principalmente de famosos, defendendo a criança e, claro, condenando o racismo.
O assunto virou pauta de uma das reportagens do Fantástico desse último domingo, 04. Eles reuniram 3 famílias, incluindo Bruno e Giovanna, além de um educador que recentemente adotou uma criança e já precisou defendê-lo contra o racismo e uma mãe de três crianças, que já viu a filha ser xingada pela sua cor e seu cabelo. Todos eles trocaram experiências e momentos dolorosos que tiveram que enfrentar.

Com base em uma pesquisa apresentada pelo Fantástico, apenas 9% dos brasileiros dizem já terem sido racistas. Esse dado se contrapõe completamente ao de que 71% dos negros afirmam terem sido vítimas ou presenciado situações de racismo no último ano. A conta não bate, há algo de errado ai não é mesmo?
Mudança de pensamento:
Bruno Gagliasso citou que desde a adoção da Titi passou a sentir na pele todos esses comentários preconceituosos. Ele parou para pensar em como isso é capaz de ferir, machucar. Mas, foi além. Se perguntou porque até a chegada da filha, ainda não tinha feito nada para mudar essa realidade:

“Vivenciar isso de perto e dentro de casa é muito forte, é agressivo, machuca e só sentimos isso quando está dentro da nossa casa”, disse. A pesquisa ainda mostrou ofensas que os negros mais ouvem. A que lidera o ‘ranking’ é relacionada ao cabelo, “que ele parece bombril”.
Giovanna Ewbank comentou que começou a refletir mais sobre seu papel na sociedade, muito relacionado ao racismo:

“São coisas que eu nunca enxerguei e que estou enxergando agora. Como eu, com 31 anos, só enxerguei isso agora?”, se pergunta. Eles falam que é preciso dar voz a essas pessoas, conhecer suas histórias, lutar pelos seus direitos. Discriminação racial é crime! Embora ainda vivamos em um país que não se diz racista, mas pratica o racismo, seja velado ou explícito, precisamos discutir o assunto, tirar as pessoas de seu lugar comum e não abaixar a cabeça para comentários preconceituosos. Ainda há muito a evoluir, estamos apenas começando.
Foto: Reprodução/ Internet/ Fantástico/ Globo
Fonte: G1












