Anderson Happel, 24 anos é técnico de enfermagem e vive em Nice há cinco anos. A cidade do sul da França sofreu um atentado lamentável nesta noite de quinta-feira, dia 14. O brasileiro viu de perto o momento em que um caminhão atacou as pessoas que estavam em uma festa na rua fazendo 84 vítimas, sendo que 10 delas foram crianças. O pânico e caos tomaram conta da cidade e os grandes hospitais se encontram lotados dificultado o atendimento para os feridos.

(Anderson, técnico de enfermagem ferido no atentado em Nice. Foto via página pessoal Facebook)
Apesar de não conseguir saber qual era o estado de sua perna, ele deu uma entrevista ao G1, contando o que viu na hora do ataque e que, felizmente, teve a chance de salvar a vida da irmã. Ele está impossibilitado de andar por um mês e pediram que ele retorne amanhã para poder fazer um raio-X e tomar as devidas providências com mais certeza.

(Foto reprodução)
Anderson foi ferido quando estava com sua irmã vendo os fogos de artifício que foram soltos devido a Festa da Bastilha. Ele conta que um caminhão começou a se aproximar devagar e logo em seguida aumentou a velocidade. “Foi passando por cima de todos os que estavam na frente”, afirmou. “Empurrei a minha irmã e quando fui tentar correr, o para-choque bateu na minha perna esquerda e caí do outro lado. Todo mundo corria em pânico, chorando”, diz.

(Anderson e a irmã Pérolla Happel. Foto via página pessoal Facebook)
Ele conta que a quantidade de crianças mortas era grande e várias mães estavam pedindo à Deus para que elas voltasse a viver. “Vi muita gente morta, isso me deixou em estado de choque”, conta ele que precisou de quatro calmantes e diversos analgésicos para aguentar a dor e amenizar o trauma sofrido. O hospital não tinha mais lugar para abrigar pacientes, então Anderson teve que ser transferido para um posto emergencial que foi montado na própria avenida do ataque. “Os corpos dos mortos ainda estavam no chão, porque a prioridade era atender aos feridos”, diz.

(Vítimas do atentado. Foto G1)
Natural de Fortaleza, o técnico em enfermagem de 24 anos mora em Nice há cinco anos. Ele disse que os moradores da cidade esperavam que houvesse atentado durante a Eurocopa, que terminou no último domingo (10). “Esse ataque pegou todo mundo de surpresa”, afirma.












