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Origem do beijo pode remontar a 21 milhões de anos atrás

Por Alan Pereira
20 de novembro de 2025
Beijo

Imagem: Canva

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Um estudo publicado em 19 de novembro de 2025 na revista Evolution and Human Behavior trouxe novas perspectivas sobre a origem do beijo, sugerindo que essa prática é muito mais antiga do que se pensava anteriormente. De acordo com os pesquisadores, o beijo, definido biologicamente como contato boca a boca não agressivo sem transferência de alimentos, teria surgido há aproximadamente 21 milhões de anos no ancestral comum dos grandes primatas. Essa descoberta desafia a visão tradicional de que o beijo seria uma expressão exclusivamente humana e recente, relacionada apenas ao desenvolvimento cultural.

Os autores destacam que o comportamento antecede em milhões de anos o aparecimento do Homo sapiens, indicando que o beijo pode ser uma herança evolutiva profundamente enraizada na história dos primatas. A pesquisa lança luz sobre a relação entre biologia, comportamento social e evolução, ao conectar práticas contemporâneas com padrões ancestrais.

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Definição científica de “beijo” na análise evolutiva

Para investigar a origem do beijo de forma rigorosa, a equipe precisou estabelecer uma definição clara e operacional do termo. Muitas espécies realizam interações boca a boca, mas nem todas podem ser classificadas como beijo segundo critérios científicos. Casos como a transferência de alimentos mastigados entre mães e filhotes, comum em orangotangos e chimpanzés, ou as chamadas “lutas de beijo” entre peixes em disputas territoriais, foram deliberadamente excluídos.

Critérios utilizados na pesquisa

O beijo foi definido como um contato boca a boca não agressivo, sem troca de comida, associado a contextos sociais ou afetivos. Essa delimitação permitiu aos cientistas comparar comportamentos entre diferentes espécies de maneira mais precisa, evitando distorções interpretativas.

Observação em primatas modernos

Com base na definição adotada, os pesquisadores identificaram comportamentos compatíveis com o beijo em espécies como bonobos, chimpanzés, gorilas, orangotangos e alguns babuínos. Nessas espécies, o gesto ocorre tanto em interações sexuais quanto em situações de reconciliação ou fortalecimento de vínculos sociais.

Importância do comportamento na vida social

A presença do beijo em diferentes ramos evolutivos dos grandes primatas sugere uma origem comum e antiga. O estudo aponta que essa prática pode ter desempenhado papel fundamental na coesão de grupos, na redução de conflitos e na manutenção de laços entre indivíduos.

Modelagem bayesiana e reconstrução filogenética

Para determinar quando o beijo teria surgido, os cientistas recorreram a métodos avançados de reconstrução filogenética, utilizando modelagem bayesiana. Esse processo envolve simulações computadorizadas capazes de estimar a probabilidade de presença ou ausência de determinado comportamento em ancestrais comuns, com base na distribuição observada nas espécies atuais.

Resultados das simulações

Foram realizadas cerca de 10 milhões de simulações, considerando múltiplos cenários evolutivos. Os dados indicaram que o beijo teria se originado entre 21,5 e 16,9 milhões de anos atrás, em um ancestral comum dos Hominidae, grupo que inclui humanos, chimpanzés, gorilas e orangotangos. Essa janela temporal coloca o nascimento do beijo em um período muito anterior ao surgimento dos primeiros hominíneos.

Implicações para humanos e neandertais

Se o beijo surgiu nesse ancestral distante, é plausível que neandertais também praticassem esse comportamento. Esses hominídeos compartilharam uma origem comum com os humanos modernos há cerca de 700 mil anos, o que reforça a possibilidade de hábitos sociais semelhantes.

Evidências indiretas e microbiologia

Pesquisas anteriores encontraram semelhanças entre micróbios preservados na placa dental de neandertais de aproximadamente 48 mil anos e o microbioma humano atual. Embora isso não comprove diretamente a prática do beijo, sugere contatos suficientemente íntimos para permitir troca de saliva, seja por meio de beijos, alimentos compartilhados ou outros tipos de interação próxima.

Diversidade cultural do beijo na atualidade

Uma das observações mais relevantes do estudo é que o beijo não é universal entre as culturas humanas contemporâneas. Investigações antropológicas apontam que apenas cerca de metade das culturas possui o beijo romântico ou sexual como prática comum.

Variabilidade comportamental

Essa diversidade cultural indica que, embora o beijo possa ter raízes evolutivas profundas, sua expressão varia de acordo com normas sociais, tradições e contextos históricos. Entre os primeiros Homo sapiens e neandertais, é possível que a frequência e o significado do beijo também variassem significativamente.

Possíveis funções evolutivas do beijo

O estudo discute várias hipóteses para explicar por que o beijo teria sido preservado ao longo da evolução.

Avaliação de parceiros

Uma das teorias mais aceitas é que o beijo auxilia na escolha de parceiros, permitindo a percepção de sinais químicos sutis, como saúde, compatibilidade genética e nível de estresse. Esses elementos seriam transmitidos por meio do contato próximo e da saliva.

Fortalecimento de vínculos sociais

Outro ponto relevante é o papel do beijo no fortalecimento de laços emocionais, favorecendo cooperação, confiança e estabilidade em grupos sociais complexos. Esse aspecto pode ter sido crucial para a sobrevivência de comunidades primitivas.

Origem ligada ao compartilhamento de alimentos

Entre as hipóteses analisadas, uma das mais consistentes sugere que o beijo teria evoluído a partir do comportamento de troca de alimentos entre mães e filhotes. Esse ato primitivo, comum entre primatas, poderia ter se transformado ao longo do tempo em uma prática com funções sociais e afetivas mais amplas.

Transição comportamental

À medida que os filhotes amadureciam, essas interações boca a boca poderiam ter sido incorporadas ao repertório social do grupo, adquirindo novos significados e contextos, inclusive sexuais.

Limitações e necessidade de novas evidências

Apesar da robustez metodológica, os autores reconhecem que a pesquisa não encerra o debate sobre a origem do beijo. As conclusões baseiam-se em dados observacionais de espécies atuais e em modelos estatísticos, sendo necessárias mais evidências paleontológicas, etológicas e microbiológicas para maior precisão.

Ainda assim, o estudo representa um avanço significativo ao conectar o comportamento humano moderno com práticas ancestrais observadas em primatas, ampliando a compreensão sobre a complexidade das relações sociais ao longo da evolução.

Tags: antropologiabeijo em neandertaiscomportamento socialestudo científicoevolução humanaHominidaeorigem do beijoprimatas

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