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O consumo de bebidas que pode aumentar o risco de câncer de intestino: descubra quais são e como se prevenir

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Por que o tema preocupa cada vez mais

O câncer colorretal, que afeta o cólon e o reto, é uma das doenças que mais crescem entre jovens adultos em todo o mundo. A mudança no padrão alimentar, marcada pelo excesso de produtos ultraprocessados e bebidas ricas em açúcar, é vista por pesquisadores como um dos fatores que ajudam a explicar esse aumento. Além disso, o consumo de álcool continua sendo apontado como um dos principais agentes de risco para o desenvolvimento da doença.

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Bebidas açucaradas sob investigação

Estudos internacionais apontam que o consumo regular de bebidas adoçadas — como refrigerantes, chás prontos, sucos artificiais e energéticos — está associado a um risco maior de desenvolver câncer de intestino, sobretudo em pessoas com menos de 50 anos. Pesquisas com grandes grupos populacionais observaram que quem ingere duas ou mais porções diárias dessas bebidas apresenta probabilidade mais elevada de desenvolver tumores intestinais em comparação com quem raramente consome.

Limitações das pesquisas

Apesar da consistência dos resultados, os especialistas lembram que os dados disponíveis ainda são de caráter observacional, ou seja, demonstram correlação e não causa direta. Mesmo assim, o conjunto das evidências reforça a necessidade de reduzir ao máximo esse tipo de bebida na rotina, especialmente entre jovens e adolescentes.

Álcool: relação já consolidada

No caso das bebidas alcoólicas, a relação com o câncer já está bem estabelecida. Diversas organizações de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS), indicam que o álcool é um carcinógeno conhecido, capaz de aumentar o risco de diferentes tipos de tumor, inclusive os de cólon e reto. A mensagem das autoridades é direta: não existe nível seguro de consumo de álcool quando o assunto é prevenção de câncer.

Mecanismos que explicam o risco

Como o açúcar impacta o intestino

  • Altos picos de glicose: bebidas adoçadas geram aumentos rápidos de açúcar no sangue, favorecendo resistência à insulina.
  • Estimulação celular: a via metabólica insulina/IGF-1 pode estimular a multiplicação descontrolada das células, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de tumores.
  • Inflamação constante: o consumo frequente de açúcar em excesso gera inflamação crônica e desequilíbrio na microbiota intestinal.

Como o álcool age no organismo

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Imagem – Bestofweb/Freepik
  • Produção de acetaldeído: substância resultante do metabolismo do álcool, considerada cancerígena, capaz de danificar o DNA das células intestinais.
  • Estresse oxidativo: o consumo regular aumenta a produção de radicais livres, que também podem lesionar as células.
  • Alterações na microbiota: o álcool desequilibra a flora intestinal, favorecendo o desenvolvimento de doenças inflamatórias.

Quem corre mais riscos

  • Pessoas que consomem essas bebidas desde cedo: a exposição contínua desde a adolescência parece ter efeito cumulativo.
  • Indivíduos com histórico familiar: quem tem casos de câncer de intestino na família deve redobrar a atenção.
  • Dietas pobres em fibras: o baixo consumo de frutas, verduras, legumes e cereais integrais agrava o risco.
  • Fatores adicionais: tabagismo, sedentarismo e obesidade também potencializam a probabilidade de desenvolver a doença.

Estratégias práticas para reduzir o risco

Evite ao máximo

  • Refrigerantes, inclusive versões light ou diet, que mantêm aditivos e não promovem saciedade.
  • Sucos industrializados, mesmo aqueles que parecem mais naturais, mas contêm açúcar adicionado.
  • Energéticos e isotônicos fora de contextos esportivos.
  • Bebidas alcoólicas em qualquer quantidade.

Prefira no dia a dia

  • Água, natural ou com gás.
  • Chás e infusões sem açúcar.
  • Café sem adição de açúcar.
  • Água aromatizada naturalmente com rodelas de frutas ou ervas.

Substituições inteligentes

  • Troque o suco adoçado pela fruta inteira.
  • Use a versão natural de chás e cafés sem adoçantes.
  • No lazer, aposte em “mocktails” (coquetéis sem álcool).

Além das bebidas: hábitos que fazem diferença

Alimentação equilibrada

Inclua mais fibras, grãos integrais, verduras e leguminosas nas refeições. Esse padrão alimentar protege o intestino e melhora o funcionamento da microbiota.

Atividade física

Praticar ao menos 150 minutos de exercícios moderados por semana ajuda a reduzir inflamações e mantém o peso sob controle, diminuindo fatores de risco.

Sono e estilo de vida

Dormir bem, reduzir o estresse e evitar o tabaco também fazem parte de uma rotina de prevenção eficaz.

Rastreamento médico

A colonoscopia é o exame padrão para identificar alterações no intestino grosso e deve ser feita de acordo com a recomendação médica, principalmente em pessoas com histórico familiar ou fatores de risco.

Perguntas frequentes

Beber vinho em pequenas quantidades faz bem?
Não. Ainda que o vinho contenha antioxidantes, o efeito do álcool como fator de risco para o câncer é comprovado.

Refrigerantes zero açúcar são seguros?
São menos calóricos, mas ainda não são ideais. O consumo frequente pode impactar a microbiota e manter o hábito de ingerir bebidas doces.

Suco natural pode ser consumido sem problemas?
O suco 100% fruta é melhor do que bebidas industrializadas, mas deve ser consumido com moderação, pois concentra açúcares naturais e não substitui a fruta inteira.

Considerações finais

A relação entre bebidas açucaradas e alcoólicas e o aumento do risco de câncer de intestino está cada vez mais evidente. Embora as pesquisas sobre açúcar ainda sejam observacionais, as evidências convergem para a recomendação de reduzir ao máximo esse consumo, especialmente entre jovens. Já no caso do álcool, não há dúvidas: quanto menos, melhor.

A boa notícia é que a prevenção está, em grande parte, nas mãos de cada um. Optar por água, frutas, fibras e manter hábitos saudáveis pode reduzir significativamente a probabilidade de desenvolver a doença. Pequenas mudanças na rotina — como trocar refrigerantes por água ou limitar a ingestão de álcool em ocasiões sociais — podem fazer toda a diferença na saúde intestinal a longo prazo.

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