A gestação, além de ser um período especial, é delicado e repleto de cuidados a serem tomados. Rayandra Melo Malafaia, de 19 anos, estava grávida de 5 meses e ao sentir dores foi levada para à Maternidade Doutor Moura Tapajóz, na zona Oeste de Manaus.
Lá, ela foi levada para uma sala sozinha e medicada, segundo sua cunhada, a professora Nataiane Gomes da Silva, de 26 anos:
“Ela sentia muitas dores na barriga e estava perdendo líquido, então ela fez uma ultrassom. A médica disse para ela tomar uns remédios e a mandaram para uma sala. Ninguém nos disse quais remédios eram. Depois de algumas horas, ela começou sentir as contrações”, disse. Nataiane contou também que a grávida tinha realizado exames dois dias antes e estava tudo bem com o bebê.
Segundo a cunhada, Rayandra entrou em trabalho de parto sozinha e os médicos demoraram cerca de 15 minutos para aparecer e atendê-la e que o bebê acabou saindo com as pernas antes da cabeça, ficando sufocado. Ela diz que o pequeno nasceu com vida, mas se debatia muito:
“A cabeça ficou presa e precisava de auxilio médico para sair. Ele estava com vida e se debatia muito. Só depois de 15 minutos depois, o médico apareceu e a cabeça da criança estava roxa, por conta da posição em que o bebê nasceu. Ele estava sufocando. Após o nascimento da criança, alguns enfermeiros enrolaram a criança em um pedaço de papel e a declararam como morta”, conta. Ela diz que o bebê foi levado à incubadora, mas que os médicos não deram um retorno concreto para a família.O pai, o autônomo Cayron Silva, de 20 anos, procurou a Polícia Militar sobre o caso:
“Alguns diziam que a criança ainda estava viva e outros que ela já nasceu morta. Nenhum exame foi feito na Rayandra. Nosso bebê tinha cinco meses de gestação e a minha esposa fazia o pré-natal todos os meses. Os resultados eram sempre muito positivos, tanto a mãe como o bebê estavam saudáveis. É revoltante!”, disse ele. Sua mulher, Rayane, passa bem e está em casa.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) emitiu uma nota em que explica que vai analisar o caso e o trabalho dos profissionais envolvidos. Cayron falou ao A Crítica sobre o ocorrido e se diz extremamente abalado com a situação. Já Nataiane completou que o IML (Instituto Médico Legal) se recusou a fazer a necrópsia solicitada pela policia e que a negligência ocasionou a morte da criança.
Muita força pra essa mãe e toda sua família e que casos assim não se repitam.
Foto: Reprodução/ Internet/ TV/ A Crítica












